O atual contrato de concessão do serviço universal postal acaba em dezembro do próximo ano e o Governo não põe de parte a possibilidade de entrar no capital dos CTT.
Mas há ainda outra hipótese: a de “conseguir um contrato de concessão robusto e adequado”, avançou ontem Alberto Souto de Miranda, secretário de Estado Adjunto e das Comunicações.
“A presença do Estado nos CTT, seja qual for a decisão, que não vou anunciar aqui hoje [ontem], não é, necessariamente, a única maneira de o Estado alcançar objetivos públicos relevantes. Mas, em 28 países da União Europeia, só em quatro (…) é que o Estado está totalmente ausente. Participar no capital ou conseguir um contrato de concessão robusto adequado ao nosso momento histórico são, por isso, questões em aberto”, disse Alberto Souto de Miranda, que esteve presente no Estado da Nação nas Comunidades.
O secretário de Estado avançou ainda que não se deve olhar para os correios com os olhos do passado. “Temos de repensar o âmbito do serviço universal postal. É muito urgente”, disse, deixando ainda um anúncio em aberto: “A Anacom vai lançar essa consulta pública muito em breve”.