Marcelo Rebelo de Sousa respondeu de forma despreocupada às críticas de que foi alvo por parte do líder da Confederação Empresarial de Portugal (CIP), António Saraiva, na sequência da promulgação do diploma que prevê a subida do salário mínimo nacional para 635 euros já em 2020.
Questionado pela TSF sobre o tema, o presidente da República justificou a decisão da mesma forma que havia feito no passado dia 15. "O Presidente da República promulgou e ao promulgar disse que parecia razoável para o contexto português. Não mudo de opinião em 15 dias ou um mês", salientou o chefe de Estado. António Saraiva, recorde-se, tinha dito que o aumento do salário mínimo nacional "não tem racionalidade económica".
Também o secretário-geral da CGTP abordou as declarações do presidente da CIP, lembrando posições anteriores do organismo. "Essa posição do presidente da CIP não é nova, mas tem aqui uma nuance. Foi também a CIP que, há uns anos atrás, quando se falou na possibilidade de se aumentar o salário mínimo nacional, avançou com a visão catastrófica de que ia haver desemprego e encerramento das empresas. E agora continua a pautar-se pelo erro e por uma tentativa de manipular, mentir, enganar e criar uma situação de dramatização junto da opinião pública para tentar justificar o que não tem justificação", disparou Arménio Carlos, em declarações à Agência Lusa, à margem do encerramento do XII Congresso da União dos Sindicatos de Lisboa (USL/CGTP-IN).