Rui Rio, atual presidente do PSD e novamente candidato à liderança do partido, na corrida às eleições que se disputarão a 11 de janeiro do próximo ano, voltou este sábado a garantir que, se ganhar as eleições, estará disponível para acordos "estruturais" com outros partidos "em nome do país", ainda que isso lhe valha críticas por parte dos militantes do próprio partido.
"Podem muitos criticar o que quiserem porque o que eu estou a dizer advém de muitos anos que ando nesta vida. Tenho a consciência clara do que o país precisa e, ou nós estamos capazes, em nome do interesse coletivo, de fazermos aquilo que necessitamos de fazer com outros [partidos], ou se não o fizermos o nosso futuro será pior", salientou, à margem do II Congresso da Coesão Territorial, iniciativa organizada no Fundão pela Juventude Social Democrata (JSD) e na qual também participam os candidatos Miguel Pinto Luz e Luís Montenegro.
Rio, primeiro a usar da palavra, referiu que se irá candidatar "para servir o país", tendo como objetivos ajudar a conquistar melhores salários, melhores serviços públicos e melhor qualidade de vida, e a nível partidário deseja obter mais câmaras municipais, freguesias e vereadores para o PSD. Questionado sobre que papel de oposição irá adotar, o antigo presidente da Câmara do Porto foi diplomático: "Grandeza é saber concordar, estar sempre contra é fraqueza. Os portugueses não esperam um combate de boxe, a oposição destrutiva dá cabo da credibilidade dos partidos". Ainda assim, não se coibiu de atirar uma farpa ao atual executivo. "O atual xadrez existente na Assembleia da República não permite criar um país com melhores salários, com melhor qualidade de vida e com melhores serviços públicos. O próximo líder do PSD tem de preparar o partido para governar", sentenciou.