Existem “atrasos quase irreparáveis” na implementação da quinta geração de internet móvel (5G) em Portugal. A posição é do presidente da Altice, Alexandre Fonseca, que considera que a culpa é da Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom).
“Não tenho dúvidas de que 2020 será ano do 5G, resta saber se será ano do 5G perdido ou se haverá ainda ganhos pelo menos na segunda metade do ano. Acredito que há atrasos quase irreparáveis fruto da inação do regulador”, disse Alexandre Fonseca aos jornalistas, durante a apresentação da política de responsabilidade social da operadora.
Para o presidente da Altice a libertação da faixa de 700 MHz (Megahertz) da TDT e que é necessária para o desenvolvimento do 5G conta com um atraso “irreparável”.
Além disso, Alexandre Fonseca considera também “irremediável” o atraso na competitividade de Portugal. “Falo com presidentes de grandes multinacionais da indústria e dizem que têm dificuldade em conversar com acionistas que questionam porque hão de focar investimentos em Portugal, um país em que o 5G não vai contribuir em 2020 provavelmente para a automatização dos seus processos, quando outros países no centro da Europa já têm o 5G ativo”, acrescentou.