A carta enviada pelas Forças Armadas dos EUA, acatando a decisão do Parlamento iraquiano, que votou pela saída dos norte-americanos, "foi um erro", tweetou Lara Seligman, correspondente do Foreign Policy, após um dos seus colegas telefonar ao general Kenneth F. McKenzie. A carta foi citada pelas agências internacionais, criando rapidamente um turbilhão mediático por todo o mundo, mas foi desmentida rapidamente pelo secretário da Defesa norte-americano, Mark Esper. "Não houve qualquer decisão de retirar do Iraque", garantiu.
Contudo, o que não falta são pressões para tal, após o assassinato do general iraniano Qassem Soleimani, que vitimou também o líder de uma influente milícia xiita iraquiana. Algo que tornou plausível a notícia da retirada, apesar de ainda hoje o Presidente dos EUA, Donald Trump, ter ameaçado com enormes sanções o Iraque, caso o primeiro-ministro iraquiano, Adil Abdul-Mahdi, ratificasse a decisão do seu Parlamento.
Não ajudou que, enquanto o mundo tentava perceber o que se passava, os EUA tenham tirado uma centena de tropas na Zona Verde, onde fica a embaixada norte-americana em Bagdade, segundo o Guardian. "Estamos a reposicionar as nossas forças", explicou Esper.