A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) convocou, esta sexta-feira, uma greve a nível nacional de educadores e professores para o dia 31 de janeiro. O protesto surge em resposta ao Orçamento do Estado para 2020, que a federação diz passar ao lado da educação.
Na mesma nota é lamentada uma falta de investimento nesta tema, que vai continuar a ter problemas por resolver, este ano, segundo a Fenprof. "Esta área mantém-se financeiramente estagnada, após uma década em que o financiamento público foi reduzido em 12%", garante, em comunicado.
A Fenprof aponta uma falta de reforço nos orçamentos das escolas e a forma como o orçamento continua a ignorar os professores, no que diz respeito à contabilização do tempo de serviço e outros problemas."No que respeita aos salários, os professores, tal como os restantes trabalhadores da Administração Pública, repudiam a provocação dos 0,3%, pois esta 'atualização', depois de 10 anos em que o poder de compra se desvalorizou mais de 16%, provocará uma nova desvalorização", lê-se, em comunicado.
A Fenprof convocou, para o mesmo dia, uma manifestação, juntando-se ao protesto da Administração Pública em Lisboa. A 17 de janeiro, a federação vai realizar um cordão humano, em frente da Assembleia da República, ao mesmo tempo que o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, é ouvido no parlamento, no âmbito da discussão na especialidade do Orçamento do Estado.
Recorde-se que o Orçamento do Estado é, esta sexta-feira, votado na generalidade, por volta das 17h. O Documento segue para apreciação na especialidade até dia 6 do próximo mês.