1.Vamos directos ao assunto: o PPD/PSD é o maior – e melhor – partido político português.
As suas virtudes compensam, e ultrapassam largamente, os seus defeitos e vícios. Cometeu erros ao longo dos ciclos governativos que liderou, foi conivente com algumas práticas censuráveis, foi demasiado permissivo quanto a um sistema mais focado em conservar métodos ultrapassados e caducos que beneficiam os mesmos de sempre, viciando sempre a relação de forças sociais, em prejuízo dos sectores mais vulneráveis e dos mais criativos da nossa sociedade – tudo isto é verdade.
No entanto, não há nenhum outro partido político, em Portugal, que possa sair do Governo sempre com a cabeça bem levantada, ciente do dever cumprido.
Nós não temos Primeiros-Ministros acusados de corrupção, nem nunca levámos vezes demais o país ao precipício financeiro, à beira da bancarrota.
Nós nunca tivemos um Ministro das Finanças que confessou, meses após ter deixado as funções governativas, que a teimosia do Primeiro-Ministro quase conduziu à falta de dinheiro para pagar salários aos funcionários públicos.
O PPD/PSD nunca cedeu os seus valores, as convicções, os seus princípios, para fazer arranjinhos com partidos amigos de governos totalitários, de ideias que lançaram o terror, o medo e a miséria por várias latitudes e longitudes ao longo da nossa história.
O PPD/PSD nunca cometeu fraudes político-constitucionais – fingindo ter programas políticos conjuntos, que mais não passaram de pura mercearia política garantística da sobrevivência do PS e dos sovietes e trotskistas tugas – , impondo pelas negociatas de bastidores o que os portugueses nunca aprovariam nas urnas.
O PPD/PSD orgulha-se de ser um espaço de liberdade, onde não escondemos críticas, não maquilhamos divergências, não fazemos birras, onde os militantes não têm medo de bater o pé ao líder sempre que seja necessário para corrigir caminhos, para melhorar soluções, para construir um caminho melhor que possa verdadeiramente servir Portugal e o povo português.
Há poucos partidos políticos tão livres e tão democratas quanto o PPD/PSD, por essa europa (e mundo) fora!
Noutros partidos – que ultimamente se converteram às maravilhas marxistas e extremistas de esquerda, atirando para as urtigas o legado meritório do seu pai fundador, Mário Soares -, todos os que discordam das orientações politicamente suicidas do líder calam-se. Amedrontam-se.
Ficam à espera, caladinhos, à espera que algo lhes calhe na rifa dessa lotaria tão proveitosa para alguns, totalmente financiada pelos contribuintes portugueses, que é vastíssima rede de regalias que tão bem explora.
Não no PPD/PSD – na casa mais democrata da democracia portuguesa, ninguém se cala, ninguém se resigna, ninguém fica à espera.
Às vezes, discordâncias assumidas mais cedo do que os calendários fixados pelas pitonisas mediáticas, pelos comentadores, pelos guardiões da galáxia do sistema made by PS, são considerados impulsos irreflectidos, atitudes de rebeldia juvenil ou precipitações politicamente insensatas (que é a forma sofisticada que o sistema encontrou para dizer “epá, já ficaste sem tacho”…).
Nós, no PPD/PSD, não nos importamos: nunca cedemos na nossa liberdade, na dialéctica constante entre correntes e sensibilidades políticas diversas, no exercício da plena cidadania e da autonomia ética de cada qual.
Nós somos verdadeiramente – evocando o hino de campanha de um candidato – um rio que corre livremente e que nenhum Rio mais agreste consegue parar.
Não há Rio mais autoritariamente selvagem ou com tiques totalitário no fluxo normal das suas correntes que consiga suster a liberdade que caracteriza esse imenso rio patriota que é o PPD/PSD…
O PPD/PSD não se envergonha; nem envergonha as portuguesas e os portugueses.
O PPD/PSD é o único partido que se orgulha – e pode afirmar, sem risco algum de se confundir com mera proclamação retórica – de deixar o país sempre melhor comparativamente ao estado em que o encontra.
Já outros partidos portugueses – que têm uma tentação quase patológica pelo poder, pelo controlo dos mecanismos de poder e pelos benefícios que só o poder traz – não poderão dizer o mesmo. Bem pelo contrário; António Costa – que esteve em todos os Governos recentes do maior desses partidos – que o diga…
2.Isto dito, no próximo sábado, o PPD/PSD vai jogar uma etapa decisiva para a sua sobrevivência. Dizemos bem: sobrevivência. Porque é de sobrevivência que se trata.
Sejamos claros: o PPD/PSD não pode continuar mais dois anos no estado em que está.
Não é nada contra Rui Rio, por quem temos o maior respeito e a maior estima pessoal. E atenção: Rui Rio será sempre um activo de que o partido não poderá prescindir no futuro (por exemplo, como membro do Conselho de Estado ou como um dos coordenadores do processo autárquico ou liderando grupo de estudo sobre a reforma do sistema político…).
O que Rui Rio não poderá continuar a ser é líder do PPD/PSD – e líder da oposição ao pior governo da história democrática portuguesa.
Rui Rio já o reconheceu: ele não irá mudar a linha que tem seguido nos últimos dois anos…Ora, se a linha seguida por Rio só tem gerado a afirmação de António Costa e a irrelevância progressiva do PPD/PSD, como poderemos continuar? Não dá para continuar nesta linha – o ciclo de Rui Rio, no país, terminou.
Os próprios portugueses estão cansados de Rui Rio…Se os militantes do PPD/PSD não perceberem esta realidade elementar, então, o divórcio entre a estrutura do partido e o seu eleitorado tradicional, de base, será maior do que nunca.
Quem ganhará? António Costa (mais uma vez, o seu sistema produzirá uma vitória; note-se que este sistema sempre tentou a destruição do PPD/PSD…) e o CHEGA e a IL (que irão acolher os numerosos militantes que sairão do PPD/PSD para estas novas formações partidárias). Por alguma razão, António Costa anda tão sorridente e tão excitado para comentar as directas sociais-democratas…
3.No próximo sábado, o PPD/PSD só se poderá regenerar e voltar a construir uma alternativa real ao Governo socialistonço acaso Luís Montenegro vença.
Para que o PPD/PSD não continue a sua caminhada para a irrelevância total, um novo ciclo tem que se desenhar já a partir do próximo fim de semana.
Não temos mais tempo. Não podemos esperar mais.
Rui Rio é o homem certo na época histórica errada – o seu projecto fazia sentido no passado, mas revela-se desajustado no presente.
Rui Rio teria dado um excelente Primeiro-Ministro em 2009 – mas o seu pensamento está ultrapassado em 2020.
E quem pensa que António Costa (e o sistema predador que o sustenta) vai deixar cair o poder no regaço de Rio, que tire já o cavalinho da chuva – ou melhor, que tirem o cavalinho (do futuro do PPD/PSD) do Rio…
A campanha de Luís Montenegro não foi perfeita. O discurso de Luís Montenegro, muitas vezes, foi pouco ou nada mobiliador. No entanto, Luís Montenegro representa a mudança que o PPD/PSD exige e Portugal deseja que o PPD/PSD tenha.
Rui Rio, no passado sábado, já atingiu o ponto máximo da sua votação; agora, é tempo de o partido se mobilizar em torno de uma mudança e de um novo ciclo.
Luís Montenegro é o rosto deste novo ciclo tão vital para o futuro do PPD/PSD e para o futuro da nossa democracia. Miguel Pinto Luz – que será um excelente Vice-Primeiro- Ministro com a tutela das áreas da Inovação e Desenvolvimento Económico do Primeiro-Ministro, Luís Montenegro – sabe-o muito bem.
O Futuro que Diz Presente não esquecerá aquela Força que Vem de Dentro, já no próximo sábado.
May the Força (que vem de Dentro) be with PPD/PSD no sábado, dia 18 de Janeiro.