O ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital considerou ontem haver condições para progredir e chegar a um consenso na Concertação Social sobre o acordo de competitividade e rendimentos, apesar das críticas dos parceiros sociais. “Este é um acordo muito ambicioso, estamos a tratar pela primeira vez na nossa história de matérias que nunca foram com esta abrangência discutidas. É normal, por isso, que o ritmo das negociações seja difícil, mas o Governo acha que há condições para continuar a progredir”, disse Pedro Siza Vieira.
A proposta do Governo é encontrar uma metodologia que permita fixar um referencial médio para crescimento dos salários a partir de um conjunto de indicadores como a produtividade, a inflação, o crescimento do emprego e a evolução do Produto Interno Bruto. no entanto, a definição de um referencial tem sido criticada por sindicatos e empresas.
O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, defendeu que nos aumentos salariais deve ser tida em conta a produtividade passada já que nos últimos 20 anos registou-se um aumento de 17% neste indicador e a inflação com habitação. Tal como a CCP, também o líder da intersindical criticou a proposta do Governo, considerando tratar-se de “generalidades”, enquanto a presidente da UGT pediu igualmente “medidas concretas” ao Executivo.