Governo diz estar a insistir com autoridades japonesas para que português infetado seja transferido para hospital

Ministros dos Negócios Estrangeiros confirmou que o estado de saúde do português infetado com o novo coronavírus, Adriano Maranhão, passou a ser sintomático.

O ministro dos Negócios Estrangeiros garantiu, esta segunda-feira, que o Governo continua a insistir com as autoridades japonesas para que o português infetado com o novo coronavírus, que se encontra retido no navio Diamond Princess, atracado no porto de Yokohama, no Japão, seja transferido para um hospital. Augusto Santos Silva espera que essa transferência aconteça nas “próximas horas ou dias”.

“O nosso concidadão continua no navio em quarentena e ainda não foi transferido para um hospital de referência. Continuamos a insistir com as autoridades japoneses para que o seja. Esperamos que venha a ser nas próximas horas ou dias", disse o governante em declarações à agência Lusa, acrescentando que os contactos estão a ser feitos através da embaixada portuguesa no Japão com o ministro do Negócios Estrangeiros japonês e através de diligências em Lisboa com a embaixada do Japão.

"Continuamos a usar os meios diplomáticos ao nosso dispor para conseguir o mais depressa possível este objetivo, que o nosso concidadão seja transferido para um hospital de referência para que o seu estado de saúde seja mais bem acompanhado", realçou Augusto Santos Silva.

O ministro confirmou ainda que o estado de saúde do português infetado, Adriano Maranhão, passou a ser sintomático.

"Temos a informação divulgada pela esposa que no último dia o nosso concidadão tenha já apresentado alguns sintomas. Ele estava assintomático e não estava a ser considerado prioritário. A informação que nos chegou e é pública é que tinha já apresentado sintomas febris e que tinha sido medicado pelo médico do navio. Esta informação faz com que aumente a nossa pressão no sentido de que a transferência seja realizada", sublinhou.

Quantos aos restantes tripulantes portugueses a bordo do navio, o Governo tem “indicação que se encontram bem”.

Dos quatro tripulantes portugueses no navio, um está de quarentena – Adriano Maranhão – e os outros estão bem. Um quinto necessitou de cuidados médicos e foi internado, mas está bem e a evoluir favoravelmente.

“Temos indicação de que o cidadão português que já foi internado e cuja situação médica não inspira cuidados. Este cidadão usou o seu direito de não divulgar a sua identidade", disse Augusto Santos Silva.

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