O Partido Democrata impediu a aprovação de um pacote de resgate no valor de 2 biliões de dólares, esta segunda-feira, cujo objetivo é conter os efeitos económicos da crise desencadeada pelo novo coronavírus. É o segundo dia consecutivo que o Senado não aprova um documento de assistência financeira para atenuar os efeitos da crise.
Os democratas argumentam que a medida apresentada está desproporcionalmente direcionada para salvar grandes empresas e que a ajuda precisa de ser estendida às famílias e aos auxiliares de saúde. Além disso, alguns democratas queixam-se da falta de transparência da medida, não se sabendo que setores podem receber os milhares de milhões de dólares em empréstimos de emergência.
Um argumento que enfureceu os senadores republicanos, contrapondo que o pacote oferece uma assistência financeira sem precedentes à economia e que necessita de ser aprovado antes que mais pessoas percam os seus empregos.
"Isto tem que parar e hoje é o dia" para isso, disse, exasperado, o líder maioritário do Senado, o republicano Mitch McConnell. "O país está sem tempo". McConnel acrescentou que os democratas estavam a empatar o pacote de resgate para extraírem provisões para o benefício de lobbies e para os trabalhadores organizados.
A medida foi rejeitada com 49 votos a favor e 46 contra, longe dos 60 votos necessários para ser aprovada. Cinco senadores republicanos não participaram no voto por se encontrarem em quarentena.