Quais os concelhos com mais casos?

DGS divulgou pela primeira vez dados por concelhos.

Como indicavam as previsões, os concelhos do litoral e os maiores centros urbanos são os que têm neste momento mais casos. A Direção-Geral da Saúde começou ontem a divulgar o número de casos por concelho. Lisboa (175), Porto (126) e Maia (104) eram, até esta segunda-feira, os concelhos do país com mais casos registados e os únicos onde já foi ultrapassada a barreira dos cem infetados. Seguem-se Vila Nova de Gaia (68), Valongo (65), Gondomar (56) e só depois Ovar (55), o único concelho do país onde foi decretada na semana passada uma cerca sanitária, com controlo de entradas e saídas. Matosinhos tem também mais de 55 infetados. Esta segunda-feira, a diretora-geral da Saúde disse que havia indícios de transmissão comunitária noutras localidades, mas mais controlada, não tendo indicado os municípios. Graça Freitas não descartou a necessidade de cercas sanitárias noutras localidades, em conjugação com outras medidas, o que depende da evolução da pandemia e da avaliação feita pelas autoridades locais.

Não existe também informação sobre quantos destes casos estão ligados a cadeias de transmissão identificadas e que outros poderão não ter essa ligação, tendo sido reportada informação geográfica apenas sobre 54% (1287) dos casos. Na região de Lisboa, e além da capital, os concelhos de Cascais e Sintra eram os que tinham mais casos contabilizados, 39 cada um.

Na lista publicada pela DGS, e que não representa a totalidade dos casos, estão identificados casos em 66 concelhos. Na região Centro, Coimbra tem 34. No Alentejo, a única referência é Évora, com três casos. No Algarve, há três casos no concelho de Lagoa.

 

Santa Maria e Pulido Valente determinam uso de máscara

O Centro Hospitalar Lisboa Norte reforçou ontem as orientações internas para que todas as pessoas que circulem dentro dos hospitais de Santa Maria e Pulido Valente utilizem máscara cirúrgica. A medida estava em vigor no São João desde o início da semana passada e a máscara também já estava a ser utilizada pelos profissionais em Santa Maria, mas uma circular a que o i teve acesso determina que todos os cidadãos que circulem dentro destas duas instituições devem usar máscara em permanência, incluindo doentes.

A última orientação da DGS estabelece que durante a pandemia, todos os profissionais de saúde devem trabalhar de máscara, utilizando os equipamentos de proteção mais diferenciados quando isso é recomendado. A escassez de máscaras tem dificultado a operacionalização em todo o país. O secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, adiantou que esta semana está prevista a chegada ao país de dois milhões de máscaras cirúrgicas e dois milhões de máscaras FFP2, para contacto direto com doentes com covid-19, que serão distribuídas pelas unidades em função das necessidades.