Timor-Leste. Professores portugueses não sabem quando regressam

Mas em cabo Verde, Moçambique e Angola, muitos portugueses estão prestes a voltar a casa.

Alguns dos portugueses presos no estrangeiro pela pandemia de coronavírus já conseguiram regressa e outros estão prestes a fazê-lo, mas há portugueses para quem o futuro ainda é incerto. Entre eles estão cerca de 180 professores em Timor-Leste, a quem foi anunciado, este fim de semana, que seriam repatriados – mas a decisão está suspensa, aguardando o fecho das escolas timorenses, apesar de já ter sido anunciado o estado de emergência no país.

“É importante que não se alimentem alarmismos desnecessários”, justificou o MNE. No comunicado, salienta-se a importância da relação entre Portugal e Timor-Leste e também é mencionado que os regulamentos obrigam “à comparticipação dos beneficiários no custo da operação aérea”. 

Recorde-se que quase todos os 140 professores dos Centros de Aprendizagem e Formação Escolar (CAFE), que ensinam em português alunos timorenses do ensino básico, pediram repatriamento em finais de fevereiro, disse na altura a coordenadora do projeto, Lina Vicente, à Lusa. A situação não melhorou, apesar de só haver um caso de covid-19 no país: foram noticiadas agressões a professores portugueses devido aos receios do vírus, algo desmentido pelo ministro Augusto Santos Silva.

Mas há boas notícias noutras partes do mundo. Em Cabo Verde, centenas de portugueses foram repatriados em voos da TAP – alguns pagaram entre 750 e 1300 euros – e a companhia Hi Fly prepara-se para repatriar portugueses em Moçambique, Angola e Cabo Verde, avançou a Lusa. Nas Honduras, um casal português conseguiu lugar num voo de repatriamento espanhol, na sexta-feira. “Brevemente estaremos em casa”, escreveu um deles ao i.