A TAP vai avançar com um processo de lay-off simplificado para 90% dos trabalhadores e com a redução do período normal de trabalho em 20% para os restantes colaboradores, informou nesta terça-feira a companhia aérea numa mensagem aos funcionários.
Os detalhes da extensão foram anunciados nesta terça-feira, depois de na véspera ter sido noticiado que a companhia aérea avançaria para um pedido de adesão ao regime de lay-off simplificado em todas as categorias profissionais da companhia aérea portuguesa, incluindo pilotos e comissários de bordo.
"As condições remuneratórias definidas contemplam o pagamento de 2/3 das remunerações fixas mensais para os colaboradores em suspensão temporária da prestação do trabalho e o pagamento de 80% da remuneração fixa mensal para os colaboradores em redução de horário de trabalho, porque estes continuam a trabalhar para assegurar a retoma”, informa a companhia num comunicado citado pela agência Lusa.
Segundo a TAP, que emprega atualmente 11 mil pessoas, os "administradores executivos e não executivos propuseram, de forma voluntária, uma redução maior da sua remuneração, no valor de 35%", ao abrigo destas medidas, que "impactam todos os colaboradores de forma transversal".
A transportadora garantiu ainda que "de acordo com a lei e independentemente da função ou cargo, os postos de trabalho estão garantidos, durante 60 dias, no fim do período da suspensão ou redução do horário de trabalho".
A decisão saiu de uma reunião na tarde de segunda-feira entre a administração da empresa e os vários sindicatos e o objetivo é preservar postos de trabalho e assegurar a viabilidade da TAP durante a pandemia de covid-19.
A partir desta quarta-feira, 1 de abril, e até 4 de maio, a companhia aérea portuguesa passará a fazer apenas voos internos: ou seja, para os arquipélagos dos Açores e da Madeira. Com quedas de 80% no tráfego dos aeroportos portugueses, a TAP tinha já na segunda-feira 90 dos aviões da sua frota parados.