Marcelo Rebelo de Sousa falou da importância de cumprir as normas do Governo neste período de Páscoa e da importância da população se "privar" de estar com os seus familiares e ente queridos mais próximos. O Presidente agradeceu ainda às pessoas que cancelaram os seus planos para este fim de semana com o intuito de combater a propagação da covid-19.
O Presidente da República falou sobre algumas das preocupações dos portugueses nestes dias. Primeiramente, abordou as medidas decididas e apresentadas esta quinta-feira sobre o terceiro período escolar. Marcelo aponta que esta não é uma "solução fácil mas foi a solução possível". "Todos sabemos que tudo depende da evolução do surto. Só no final do dia se poderá fazer uma avaliação. Salvar o que se possa salvar, mas dependendo de condicionalismo que nenhum de nós pode prever neste momento. Foi uma proposta honesta, a possível, para minorar custos que todos sabemos que existem", diz Marcelo Rebelo de Sousa.
Em segundo lugar, o Presidente falou sobre o decreto promulgado em relação aos presidiários, esta quinta-feira e voltou a sublinhar, como no documento que já tinha lançado hoje no site oficial da Presidência da República, que as pessoas que vão ser libertadas são pessoas que cometeram crimes menos graves e que pessoas que estão presas por homicídio, pedofilia, violência doméstica, entre outros crimes graves, não estão incluídas no indulto. Marcelo sublinha que esta decisão foi tomada por respeito pela "humanidade".
Em relação aos lares, Marcelo sublinha que 3 mil voluntários se ofereceram para ajudar os funcionários dos lares de idosos. "O problema do momento é detetar, testar, enfrentar" sublinhou o PR.
Sobre o crescimento dos números de infetados com covid-19 no país, Marcelo sublinha que já tinha dito anteriormente que o número de casos pode subir. "Cheguei mesmo a falar em que podia atingir mais de 20 mil ou 30 mil no dia 17" e explica que com o aumento de testes, "há a possibilidade de haver muito mais infetados" e mostra-se feliz com o facto de a proporção entre os infetados e os internados não ter subido e com o facto do número de pessoas que necessita de cuidados intensivos também não ter crescido. "O combate ainda não está ganho", diz Marcelo.
O Presidente afirma que ao olhar para os números está convicto em renovar o estado de emergência até ao dia 1 de maio. "Embora guardando para quinta-feira o texto que será objeto de parecer na Assembleia da República, está formada a minha convicção – é iniciativa do Presidente da República a renovação do estado de emergência – de prorrogar até 1 de maio às 24 horas. Irei ouvir os especialistas e será a Assembleia da República a autorizar mas não podemos brincar em serviço, não podemos afrouxar. Não podemos, neste momento, decisivo baixar a guarda", afirma.
Questionado sobre se a renovação do estado de emergência pode incluir as medidas que foram impostas no período da Páscoa, Marcelo afirma que é cedo para dizer mas que não considera necessário. As medidas tomadas para a Páscoa devem-se à tentativa de impedir o ajuntamento de pessoas, algo que é normal nesta época.