A Real Polícia Montada do Canadá está sob fortes críticas, por não ter usado o sistema de emergência da província de Nova Escócia para avisar a população que um atirador esteve à solta, durante13 horas, este fim de semana, resultando na morte de pelo menos 22 pessoas. Em vez disso, os agentes da polícia montada, conhecidos como mounties, usaram a sua conta oficial de Twitter, que tem pouco mais de 90 mil seguidores.
"Eu não uso o Twitter e não conheço ninguém que use Twitter", explicou Nick Beaton à CTV News. A mulher de Beaton, Kristen, uma mãe e enfermeira de Debert, foi abatida a tiro a caminho do seu trabalho, no domingo. O massacre começou na noite sábado e Beaton garante que a mulher não teria saído de casa se tivesse visto avisos na televisão ou na rádio.
As primeiras chamadas para os serviços de emergência chegaram às 23:30, após um tiroteio na pequena localidade costeira de Portapique. Na cena do crime, as autoridades encontraram várias vítimas, dentro e fora de uma casa, tendo sido incendiados edifícios e veículos. Os massacres sucederam-se em várias localidades, desde Wentworth, a Debert, até Shubenacadie e Milford, acabando o assassino, Gabriel Wortman, por ser morto pela polícia em Enfield. Wortman, de 51 anos, produzia dentaduras. O seu motivo ainda não é conhecido.
Pelo meio deixou um rasto de destruição, com cinco incêndios e 16 cenas do crime, algumas das quais ainda estão a ser investigadas. Não se sabe o nome de todas as vítimas, mas entre elas está Heidi Stevenson, uma mãe de duas crianças e agente da polícia, com 23 anos de serviço. Também foi abatida a enfermeira Heather O'Brien, que trabalhava com Kristine Beaton a prestar cuidados a idosos na região. Começou um peditório online para pagar os funerais de uma família inteira que foi morta, Jolene Oliver, o seu marido Aaron Tuck e a sua filha, Emily Tuck