Fundação Altice: Soluções para a “Nova Escola”

A Fundação Altice dispôs de ‘ferramentas’ que, hoje, em contexto de ensino à distância, várias escolas e alunos portugueses já utilizam.

Fundação Altice: Soluções para a “Nova Escola”

Face ao atual contexto educativo em Portugal, o ensino passou a ser realizado à distância e por meios digitais. Para cumprirem esse desiderato, têm agora ao seu alcance duas indispensáveis ‘ferramentas’ de ensino: a Khan Academy, uma plataforma interativa de conteúdos para apoio ao ensino à distância, e o Campus by Fundação Altice, uma plataforma que transforma a escola num espaço de comunicação online, para onde se transpõem as interações entre alunos e professores, criando grupos, colocando dúvidas, partilhando documentos e aprendizagens. 

Estes recursos existem há vários anos na Fundação Altice com o objetivo de proporcionarem uma educação gratuita e de qualidade a qualquer pessoa e em qualquer parte do mundo.

A Khan Academy é uma organização não governamental cuja missão é oferecer uma educação de qualidade a qualquer pessoa, em qualquer lugar e de forma totalmente gratuita, através de uma plataforma educativa e interativa online.

Desde 2013 que a Fundação Altice tem garantido a tradução e a adaptação dos conteúdos originais disponíveis na plataforma norte-americana para a realidade educativa e língua portuguesa, com a supervisão e certificação da Associação  de Professores de Matemática, das Sociedades Portuguesas de Matemática, Física e Química e da INOVEDUC.  

A Khan Academy disponibiliza, neste momento, um conjunto 2.300 vídeos explicativos e 30.000 exercícios interativos na grande maioria de matemática, mas também de disciplinas como física, química e biologia. Para aceder à plataforma basta aceder ao link https://pt-pt.khanacademy.org, através  de um computador, tablet ou smartphone, ou através da app disponível para os sistemas android e iOS. É de referir que os vídeos Khan academy estão disponíveis na TV do Meo, na app Meo Kids (posição 52) ou no canal do Sapo Vídeos.  

Em termos de números, a Khan Academy conta já com cerca de 100 mil utilizadores em Portugal e nas últimas semanas, devido ao novo contexto escolar, com as escolas encerradas, num só dia atingiu as 17.000 sessões.  

Uma das mais-valias desta plataforma educativa é a oferta, dirigida para professores e pais, que permite monitorizar os conhecimentos e os progressos, tanto a nível de turma como do aluno e educando.

A plataforma contribui para o sucesso escolar dos alunos, promovendo a motivação para a aprendizagem, a autonomia na resolução de exercícios e o desenvolvimento do cálculo mental, assim como ajuda na procura de novas estratégias.

O padre Gonçalo Machado SJ, diretor da Associação Padre  Amadeu Pinto, no Pragal (concelho de Almada), destaca «o impacto da plataforma Khan Academy nas crianças e jovens mais carenciados», que considera ir «muito para além de si mesma». «Aliado ao facto de nos ter ajudado a subir os indicadores de sucesso escolar, somou-se, ainda, a possibilidade de potenciarmos a Khan Academy como ‘ferramenta’ de motivação e prémio de mérito, melhorando, também assim, os indicadores de comportamento, assiduidade e interesse pelo estudo», explica.

O Centro Juvenil e Comunitário Padre Amadeu Pinto tem vindo a desenvolver, há cerca de 20 anos, um trabalho direto com as crianças e jovens mais carenciados, dos Bairros Sociais do Pragal e Caparica. Segundo o padre Gonçalo Machado SJ, com a recente constituição da associação «desejamos, assim que possível, ter recursos disponíveis para parametrizar e comunicar o impacto da plataforma Khan Academy». «O nosso desejo, para um futuro próximo, é alargar a sua utilização a mais equipamentos, mais disciplinas, ainda que em língua inglesa, chegando, assim, a mais alunos e mais resultados. Por diversas vezes, tivemos a oportunidade de presenciar o enorme entusiasmo das crianças e voluntários quando estão a usufruir das enormes potencialidades da Khan Academy e da sua componente de jogo», refere o diretor.

 Também Mariana Vargas, de 17 anos, monitora da Associação Padre Amadeu Pinto, afirma que «o mundo digital é cada vez mais essencial à educação e aprendizagem. A Khan Academy é também uma ferramenta de tamanha importância, tanto no meu trabalho, como também nos estudos». 

Como estudante da área da Economia, a Khan Academy representa para Mariana Vargas uma ‘ferramenta’ «fundamental na [sua] aprendizagem»: «Essencialmente na área da matemática, que é o que utilizo mais no meu dia a dia». 

«É natural que com o passar dos anos a consciência humana se vá esquecendo de vários pormenores e junte o mais importante para o quotidiano, no entanto, com a aplicação da Khan Academy, torna-se super fácil e rápida a procura desses mesmos pormenores como, por exemplo, regras e teoremas das variadíssimas matérias matemáticas que torna o estudo mais eficaz e responsável», diz a monitora. 

«Como professora e orientadora desta plataforma, a Khan Academy é imensamente simples e eficaz, principalmente para as crianças», afirma, acrescentando que «a criançada adora brincar e jogar com a Khan. Com o conceito de ganhar prémios através dos pontos ganhos, torna-se mais interessante e interativo, em vez de ser praticado o tradicional ‘estudar’ e, por isso, as crianças aprendem e sobem notas ao mesmo tempo que se divertem». 

Apesar do referido, Mariana Vargas reconhece «que seria essencial e necessário a implementação de mais disciplinas à aplicação, tais como português e história, por exemplo, que são matérias que são encontradas como dificuldade em muitas crianças»: «Por mim falo também». Pois, conclui: «Com a Khan Academy, eu oriento e sou orientada».

A solução Campus by Altice

Aproveitando a nova realidade educativa em Portugal, imposta pelo confinamento, na sequência da pandemia de covid-19,  a Fundação Altice e a Universidade de Aveiro criaram uma comunidade de partilha de experiências e dúvidas: a #euensinoemcasa, que utiliza a tecnologia Campus by Fundação Altice, expressamente desenhada para utilização em contextos educativos, privilegiando a construção de comunidades.

Sandra Soares, pró reitora da Universidade de Aveiro, explica que a comunidade #euensinoemcasa surgiu «como resposta à necessidade de toda a comunidade docente do ensino superior se adaptar à implementação de processos de ensino e aprendizagem a distância». Considerando a urgência desta implementação, e motivada pelo objetivo de manter os estudantes comprometidos com o seu sucesso escolar, Sandra Soares considera «premente disponibilizar um espaço comum de partilha e apoio na implementação de práticas de ensino à distância, por forma a equipar os docentes, o mais possível, de informação e respostas para as dúvidas que certamente surgem durante o período de adaptação e que podem não só ser prestadas por especialistas na área, mas também por outros colegas docentes que já tiveram oportunidade de avançar com este tipo de experiência no passado».

Desta experiência nasceu a plataforma Campus by Fundação Altice, desenvolvida pela Universidade de Aveiro, que pretende constituir-se como um espaço de partilha de recursos, estratégias e ferramentas de comunicação adequadas a cenários de educação online e à distância, colocando em contacto, de forma rápida e eficaz, docentes, alunos e encarregados de educação.

«A comunidade #euensinoemcasa permite gerar uma perceção de comunidade, conforme o nome indica, que partilha dúvidas e dificuldades na transformação de aulas presenciais para ensino a distância. É, assim, um ponto de contacto que pretende reforçar o sentido de união dos docentes do ensino superior português e uma fonte de apoio por especialistas em ensino a distância e ou em pedagogia, para que todos possam adaptar-se de uma forma mais serena», sublinha a pró reitora.

Baseada num conjunto de funcionalidades típicas das redes sociais, aliadas a outras funcionalidades mais próximas das plataformas institucionais de apoio ao processo de ensino a aprendizagem, a comunicação e participação na Campus by Altice é estimulada através de comentários a diferentes conteúdos, nomeadamente atividades partilhadas, fotos, vídeos, blogues, links, entre outros. Seguindo uma política de privacidade, a plataforma dispõe também de um chat que permite uma comunicação direta entre os utilizadores ou uma conversação em comunidade. 

O professor Nuno Mantas, do Agrupamento de Escolas da Boa Água, na Quinta do Conde (Sesimbra), usa o Campus by Fundação Altice (anteriormente Sapo Campus) desde 2012, na sequência de uma parceria desenvolvida com a Universidade de Aveiro e a, à época, denominada Fundação PT.

«A utilização desta plataforma permitiu dar resposta a um conjunto de constrangimentos que dificultavam a comunicação e a utilização de ambientes de aprendizagem digitais. Desde logo a sua utilização simples – muito semelhante a outras plataformas sociais – tornou-a acessível a todos os alunos da comunidade escolar, desde o primeiro ciclo, e também aos encarregados de educação», diz o professor. Nuno Mantas considera que, «de um modo fácil e intuitivo, se passou a centralizar informação que estava dispersa por muitos outros meios (e-mail, plataformas moodle, plataformas de armazenamento de ficheiros, fotos, vídeos, etc) num espaço acessível a partir de qualquer ponto do planeta, com conexão à internet, construído por uma equipa de especialistas de comunicação alojado em servidores nacionais, sem as limitações de espaço de armazenamento de outras plataformas, gratuito em toda a sua plenitude e adequado às necessidades das escolas portuguesas».

Outra vantagem desta plataforma é a segurança que garante, numa fase de preocupações crescentes em matéria de cibersegurança. «A Campus by Fundação Altice é um espaço virtual fechado e seguro, apenas acessível a utilizadores pessoais autorizados. No nosso caso, membros da comunidade educativa da Boa Água, que tem a informação segregada por grupos, por exemplo, só os alunos de português do 8.º A veem a informação que o professor da disciplina colocou para eles, como só os professores do conselho de turma do 5.º B podem aceder ao grupo destinado a discutir e a partilhar documentos desse conselho de turma», esclarece Nuno Mantas.

Com os condicionamentos atuais provocados pela necessidade de implementar o ensino à distância de emergência, a plataforma tornou-se, segundo o docente, «a grande ‘ferramenta’ de comunicação para a comunidade, onde os 2.740 membros trabalham regularmente». «Os professores colocam os materiais para os alunos, esclarecem as dúvidas colocadas nos posts ou criam sessões síncronas de chat onde podem ser trocadas mensagens individuais ou para todos os alunos da mesma turma ou podem ainda calendarizar tarefas com prazos para entrega. Os alunos recolhem materiais, esclarecem dúvidas, publicam as fotos, vídeos ou ficheiros das tarefas realizadas ou conversam com os colegas. Os pais acompanham as tarefas realizadas e podem colocar diretamente questões aos professores», destaca. 

O Campus by Fundação Altice tem sido fundamental na mitigação do impacto que os atuais constrangimentos, provocados pelo afastamento social, introduziram nas comunidades educativas. «Foi, desde os primeiros dias, uma das razões para termos conseguido, até ao momento, níveis de participação dos alunos nas atividades E@D propostas superiores a 75% para as turmas dos 2.º e 3.º ciclos», conclui Nuno Mantas.

A Rede de Bibliotecas Escolares, em colaboração com o Plano Nacional de Leitura 2027 e a Direção Geral de Educação (Direção de Serviços de Educação Especial e Apoio Socioeducativos), desenvolve, desde 2011, um projeto de leitura inclusiva designado Todos Juntos Podemos Ler. Este projeto – que resulta de um trabalho colaborativo entre os professores bibliotecários e os outros professores, designadamente os de educação especial – é dirigido aos alunos de todos os ciclos de ensino, promove a inclusão, facilitando o acesso à leitura em braille, língua gestual portuguesa, áudio, e símbolos pictográficos para a comunicação, entre outros. O projeto Todos Juntos Podemos Ler passou a contar com a plataforma Campus by Fundação Altice para a divulgação de atividades e materiais pedagógicos em diferentes formatos, e para a ampla partilha de recursos digitais, no âmbito da leitura inclusiva. António Nogueira, da Rede de Bibliotecas Escolares, explica que, deste modo, ao poderem multiplicar-se os recursos de leitura acessíveis a todos, «cada escola passou a dispor de um conjunto de materiais que não possuía, e que podem ser usados, adaptados ou recriados, tendo em conta o próprio contexto». 

António Nogueira recorda que «as bibliotecas escolares integradas no projeto Todos Juntos Podemos Ler contam, desde o início, com o apoio da Fundação Altice, em equipamentos e software educativo, disponíveis no Programa Inclui. Para além deste apoio, as bibliotecas escolares passaram a dispor da Campus Fundação by Altice para a criação de núcleos de aprendizagem e de conhecimento, fundamentais na conjuntura da escola atual». 

«A experiência que temos desenvolvido, desde o início do projeto, torna evidente a mais-valia da Campus by Fundação Altice, como ‘ferramenta’ de aprendizagem colaborativa, com enormes possibilidades pedagógicas», conclui António Nogueira.