O primeiro-ministro, António Costa, afirmou, esta quarta-feira, que os apoios da Segurança Social irão ser alargados. “Esta semana vamos dar um passo mais e alargar [estes apoios] a sócios-gerentes das micro-empresas que tenham trabalhadores a seu cargo”, disse o primeiro-ministro, sublinhando que até ao final da semana serão pagos "todos os pedidos válidos que entraram até à quinta-feira passada".
Depois de ter estado com trabalhadores da Segurança Social e da Administração Pública, Costa falou aos jornalistas e anunciou várias novidades. O primeiro-ministro afirmou que será aprovada uma medida em sede de Conselho de Ministros, esta quinta-feira para apoiar os trabalhadores que se encontram em situações ilegais para estes formalizem as suas atividades junto da Segurança Social e possam ter apoio por parte desta identidade,
"É o que nos faz dar um quarto passo esta semana, abrindo a porta a todos aqueles que por razões várias ou por opção, ou por mecanismos de desregulação do nosso mercado de trabalho têm vivido em circunstâncias de informalidade. E dizer-lhes: Este é o momento de pôr termo à informalidade e de formalizarem a vossa participação na Segurança Social. Venham para a Segurança Social. (…) Estamos cá para dar o apoio que a Segurança Social deve dar, porque não queremos deixar ninguém para trás", disse António Costa.
O primeiro-ministro falou ainda dos trabalhadores independentes, que no primeiro ano de atividade não são obrigados a descontar para a Segurança Social e afirmou que tendo em conta “as circunstâncias”, o primeiro-ministro diz que os que não descontaram irão poder gozar de alguns apoios, mas “de forma justa”, não recebendo tanto quanto os que optaram por fazer esses descontos.
Costa aproveitou ainda a oportunidade para agradecer o trabalho dos colaboradores da segurança social, em tempos de covid-19 e relembrou os portugueses que estes trabalhadores também fazem parte da linha da frente de combate à pandemia e "também salvam vidas", através dos apoios sociais dados aos portugueses durante esta época de crise, como as respostas aos pedidos de lay off, subsídios de desemprego e apoio à família.
"A Segurança social tem feito um esforço extraordinário. Esta pandemia veio salientar a importância do nosso Estado social e dos nossos sistemas públicos. Ficou muito claro que quem cumpre os seus deveres, contribuindo mensalmente para a segurança social, é essencial em situações desta natureza", afirmou. “É com satisfação que vejo que os serviços superaram o nosso compromisso e pagaram até ao final do mês todos os pedidos que entraram até 10 de abril”, elogiou o primeiro-ministro,