Segundo o ministro da Saúde chileno, Jaime Manalich, também no mesmo período, o Chile registou mais 28 mortes, o que eleva para 478 o total de vítimas mortais, aumentando também para 807 os pacientes que necessitam de ventilação assistida e para 116 os que se encontram em estado crítico nos cuidados intensivos.
A ocupação hospitalar a nível nacional ronda os 81%, com a situação mais crítica a registar-se em Santiago, onde a taxa atinge os 93%.
As autoridades chilenas afirmam que, apesar da situação de "stress", ainda existem 526 ventiladores disponíveis.
"A rede hospitalar está a ser submetida a grande pressão. É o momento em que todos devemos dar o máximo a todos, aos que estão doentes, ao pessoal sanitário, aos que podem vir a ser contaminados e aos que estão em quarentena", afirmou Manalich, na habitual conferência de imprensa diária.
Os novos números representam, porém, uma ligeira descida.
"Esta leve tendência de diminuição não deve levar a nenhuma decisão prematura"", alertou o ministro da Saúde chileno, que adiantou que, nos próximos dias, é possível que o número de casos diários venha a aumentar "consideravelmente".
Até à primeira semana deste mês, o Chile registava uma média diária de 400 a 500 novas infeções e o Governo começou a falar num regresso à normalidade, mas a pandemia do novo coronavírus voltou a subir significativamente dias 12 e 13 e os novos contágios confirmados aumentaram cerca de 60%, até ao total recorde de 2.660, a maioria deles na capital.
O aumento obrigou o Governo a decretar na passada sexta-feira uma quarentena de pelo menos uma semana na área metropolitana de Santiago, medida que afeta cerca de sete milhões de pessoas e que fora descartada desde que se detetou o primeiro caso do novo coronavírus no país, a 03 de março.
"Salvo alguma exceção, o provável é a renovação da quarentena por mais uma semana, para que sejam cumpridos pelo menos 14 dias", sublinhou o ministro da Saúde.
Ao contrários de outros países da região com menos casos de covid-19, como a Argentina e Colômbia, o Chile recusou desde o início decretar o confinamento nacional ou encerrar totalmente a economia e optou por quarentenas "seletivas e estratégicas", com restrições que se impõem e se levantam em cada comuna (bairro) ou cidade em função do número de novos contágios.
O Chile, porém, está sob o estado de exceção, com recolher obrigatório noturno, desde meados de março, com colégios, universidades e fronteiras encerradas, tal como o comércio que não venda produtos alimentares.