Estado português arrecada 1750 milhões em leilão de dívida

Portugal consegue financiar-se no mercado da dívida com taxas de juros inferiores, em comparação com o último leilão, realizado a 15 de abril (altura em que as taxas de juro passaram para terreno positivo pela primeira vez em três anos).

O Estado português arrecadou esta quarta-feira 1 750 milhões de euros no duplo leilão de dívida realizado pela Agência da Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP), segundo dados da agência financeira Bloomberg.

Nos bilhetes do Tesouro a 12 meses (com maturidade a 21 de maio de 2021) foram colocados mil milhões de euros, com uma taxa de -0,351%, depois de no leilão de abril a yield ter sido positiva (nos 0,038%), com a procura a exceder em 3,02 vezes a oferta.

O IGCP colocou também 750 milhões de euros em títulos com data de vencimento em 20 de novembro de 2020 (seis meses), com uma taxa de 0,411%, que compara com a taxa de -0,089% do último leilão comparável (de março). A procura também foi positiva, superando em 2,69 vezes a oferta.

No último leilão comparável, em 15 de abril, Portugal colocou 1 250 milhões de euros, montante abaixo do máximo anunciado, em bilhetes do Tesouro a três e a 11 meses, a taxas de juros superiores, tendo no prazo mais longo passado para terreno positivo pela primeira vez em três anos.

Segundo a página da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) na agência Bloomberg, em 15 de abril, a 11 meses foram colocados 840 milhões de euros em BT à taxa de juro média de 0,038%, positiva e superior à registada em 19 de fevereiro, quando foram colocados 950 milhões de euros a -0,484%.

A três meses foram colocados 410 milhões de euros em bilhetes do Tesouro à taxa média de -0,009%, negativa, mas superior à verificada em 19 de fevereiro, quando foram colocados 300 milhões de euros a -0,500%.