As taxas de juro implícitas no crédito à habitação registaram mais uma descida no mês de abril, fixando-se nos 0,947%. Os valores foram revelados esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Este é o valor mais baixo desde 2009.
Segundo o gabinete de estatística, nos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro foi 0,891% (1,118% no período precedente). “Recorde-se que as taxas de juro implícitas são obtidas por quociente entre juros pagos e capital em dívida. As reduções das taxas, bem como da prestação média mensal, observadas em abril, poderão estar associadas às alterações decorrentes do regime de moratória”, explica o INE. “A moratória suspende, pelo prazo de seis meses, o pagamento, total ou parcial, da prestação mensal das famílias com o crédito à habitação”, acrescenta.
Para o destino de financiamento aquisição de habitação – aquele que é o mais relevante no conjunto do crédito à habitação – a taxa de juro implícita para o total de contratos também desceu para 0,964%. Em março era de 1,019%. Para os contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro para este destino fixou-se em 0,882%.
O INE acrescenta que, considerando a totalidade dos contratos, o valor médio da prestação vencida desceu 12 euros, fixando-se nos 237 euros. Deste valor, explica o INE, 42 euros são correspondentes ao pagamento de juros e 195 euros a capital amortizado. Nos contratos celebrados nos últimos três meses, o valor médio da prestação caiu para os 272 euros.
Ainda relativamente ao mês de abril, o capital médio da dívida para a totalidade dos contratos aumentou 46 euros quando comparada ao mês anterior e fixa-se nos 53.886 euros. O montante médio do capital em dívida foi de 107.887 para os contratos celebrados nos últimos três meses, o que significa um aumento de 1747 euros face ao mês anterior.