A coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, defendeu esta segunda-feira que o prolongamento de medidas de apoios para manter empregos terá de passar por uma solução em que os salários sejam pagos a 100 por cento.
No final da reunião com o primeiro-ministro, o Bloco insistiu que não se pode dar “um sinal para uma desvalorização salarial a longo prazo”, aludindo aos cortes salariais previstos no layoff simplificado, aplicado em tempos de emergência.
O Bloco de Esquerda alertou que é preciso manter alguns apoios de emergência, cujo prazo termina no final de junho e pede uma “contribuição solidária “ a grandes empresas com grandes lucros.
Já antes, de manhã, o secretário-geral do PCP também tinha abordado o regime de layoff na sua reunião com o primeiro-ministro.
Jerónimo de Sousa, saiu da reunião com o governo em São Bento a defender que “é preciso garantir que ninguém fica para trás”, ou seja, acautelar emprego e salários. Por outro lado, Jerónimo de Sousa considerou “urgente” o reforço do SNS.
Em relação ao layoff, e ao seu prolongamento, Jerónimo de Sousa acrescentou que os comunistas “não tiveram certezas certas”. Prometeu que o PCP dará o seu contributo e que está empenhado na “defesa do nosso tecido produtivo”. Mas avisou: “Não podemos tornar banal aquilo que é inaceitável”, ou seja “o desemprego ou salários cortados “. Jerónimo de Sousa foi o primeiro líder partidário a ser recebido pelo primeiro-ministro esta segunda-feira para avaliar o plano de estabilização económico e social e o orçamento suplementar.