A ministra da Modernização do Estado e da Administração Pública afirmou este sábado que, num cenário de austeridade, fazer cortes salariais “não será a primeira opção do Governo”. Em entrevista à Antena 1 e ao Jornal de Negócios, Alexandra Leitão disse que a possibilidade de congelamento das progressões de carreiras na Administração Pública não estava “em cima da mesa”, mas que não podia ser excluída “liminarmente”, já que a não podia garantir que o aumento salarial de 1% previsto para o próximo ano se realize.
Alexandra Leitão explicou ainda que as decisões dependerão da situação económica e que a revisão da avaliação de desempenho, no âmbito do programa plurianual para a função pública é uma prioridade, e que a proposta vai ser apresentada no dia 8 de junho, em reunião com os sindicatos da Administração Pública.
Na mesma entrevista, a ministra defendeu que o teletrabalho deverá ser legislado, de forma a que se possa garantir que dentro desta modalidade "os horários são cumpridos e não são excedidos". Recorde-se que a ministra já tinha afirmado que esta modalidade “veio para ficar”, tendo, na intervenção no Parlamento, falado numa meta de 25% de adesão. Alexandra Leitão esclareceu que ao referir-se a essa percentagem falou num objetivo para a legislatura e não para o imediato.