Regresso das touradas “pode colocar em risco saúde das pessoas”

Inês Sousa Real considera que não é possível acautelar o distanciamento social numa tourada.

O PAN aplaude a decisão do Governo de adiar o regresso das touradas. A deputada Inês Sousa Real considera que não existem condições sanitárias para o regresso desta atividade. “Não faz sentido estarmos a colocar em risco a saúde das pessoas por causa de uma atividade que não é minimamente relevante para a nossa economia”, afirma, em declarações ao i.

A deputada do PAN defende que as praças mais antigas e desmontáveis “não reúnem condições sanitárias para que as pessoas se desloquem ao local” e que as características deste espetáculo não permitem cumprir as regras das autoridades de saúde para travar a pandemia. “Quer do ponto de vista dos forcados, quer do ponto de vista do acompanhamento que é feito aos animais, não há a possibilidade de acautelar o distanciamento social. Não havendo essa possibilidade parece-nos irrazoável aquilo que está a ser pedido pelo setor”, diz.

O PAN defende que a tauromaquia não deve receber apoios do Estado durante a pandemia e considera que a solução ideal seria “as praças de toiros não reabrirem”.

O setor tauromáquico realizou esta segunda-feira um protesto na praça de toiros do Campo Pequeno por terem sido “reabertas todas as atividades e espetáculos culturais com a exceção da tauromaquia”. Na sequência do protesto, as associações ligadas à tauromaquia foram contactadas pela Inspeção-Geral das Atividades Culturais para definirem nas próximas semanas os critérios de regresso desta atividade.

 

JP apoia touradas

A Juventude Popular acusa o Governo de discriminar a tauromaquia e considera “absurdo que outras atividades e espaços culturais retomem o funcionamento e a tauromaquia e as praças de touros fiquem à margem desta realidade”. Francisco Mota, presidente da JP, acusa o Governo de “perseguição à tauromaquia, à liberdade, tradição e cultura portuguesa”.