Francisco Louçã considerou esta sexta-feira que a ida de Mário Centeno para o Banco de Portugal (BdP) seria "um desastre político". "Para ele pessoalmente, e, aliás, para a República, que se faça esta espécie de remodelação, com uma espécie de garantia de um lugar confortável e de grande relevo na gestão pública como é o cargo do Governador do Banco de Portugal", afirmou, durante o seu espaço comentário na SIC Notícias.
Sublinhando a capacidade do CR7 das Finanças para o cargo de governador da instituição, o fundador do Bloco explicou que a mudança daria a entender que "é uma espécie de garantia de proteção de um cargo para o outro".
O comentador acrescentou que, enquanto ministro do Estado e das Finanças, Centeno foi um "sucesso polítivo" para o Executivo, tendo ganhado "imenso poder". "Até a sua crispação e tensão com António Costa, tão bem revelada pelo episódio do Novo Banco, é uma expressão do poder que ele teve", afirmou.
"As pessoas lembrar-se-ão que Centeno foi embora", advertiu na Edição da Noite.