O primeiro-ministro, António Costa, participou, esta segunda-feira, no lançamento da campanha de promoção do Turismo para Portugal. No seu discurso, o governante disse que o país não pode ficar parado à espera que a pandemia passe e relembra aos portugueses que têm agora uma oportunidade única de conhecer o país.
"Há duas formas de olharmos para esta situação. Ou ficamos parados à espera que passe ou então fazemos acontecer e nós temos de fazer acontecer porque não somos de ficar parados (…) Temos de abrir não podemos ficar à espera que o surto passe", disse Costa.
O primeiro-ministro relembrou o impacto da pandemia na nossa saúde, mas também na “economia, nos empregos e ns rendimentos das famílias”, mas realçou que, apesar da situação que ainda vivemos, o cenário hoje é mais positivo do que era projetado há dois meses.
"Quando estive reunido há dois meses com o presidente da Confederação de Turismo e com os principais grupos hoteleiros perguntei: 'Então, como vai ser? Catástrofe [responderam]”, começou por recordar. Hoje, felizmente, são poucos os hotéis que ainda não abriram e, sobretudo, são raríssimos os que não pretendem abrir nos próximos tempos", acrescentou.
Costa disse ainda que os portugueses têm agora o “privilégio” de conhecer o país como ainda não o tinham feito, sobretudo os locais onde antes havia sempre “muita gente”. “Desta vez [os destinos] estão lá quase só para nós. É quase uma ocasião única para aproveitar este privilégio”, disse.
Também o ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, esteve presente na cerimónia e elogiou “o sentido de comunidade” dos portugueses durante a pandemia.
Siza Vieira admitiu que o país viveu "momentos difíceis", mas destacou que estes "revelaram o melhor de Portugal e o melhor de Portugal são os portugueses e o sentido de comunidade que nos levou a tomarmos conta de todos nós".
"Foi através do nosso comportamento, da nossa disciplina, através do sentido de comunidade, que nos une há nove séculos, que fomos capazes de, ao nos protegermos, proteger os mais fracos da nossa comunidade",disse.
O ministro apelou então a que, com todas as precauções, voltemos “a ocupar o território”.
“Este é o tempo de reconquistarmos o espaço público, é o tempo de, com cautela, com precaução, com máscaras, com distância física, com as normas de higiene, voltar a ocupar o território. Estamos capazes de redescobrir este território, estas gentes, que fizeram de nós o país que somos", rematou.