Marcelo Rebelo de Sousa lamenta morte de médico infetado com covid-19 e pede melhores condições no SNS

Na visão do Presidente da República, os profissionais de saúde merecem “mais do que palavras e reconhecimento” e aponta a necessidade de existirem “meios adequados e as carreiras adequadas no seio do SNS”. 

Marcelo Rebelo de Sousa reagiu, esta sexta-feira, à morte do primeiro médico infetado com o novo coronavírus em Portugal e enviou as suas "sentidas condolências" à família e amigos do profissional de saúde de 68 anos através de uma nota publicada no portal online da Presidência da República. 

O Presidente da República afirmou, ainda na mesma nota, que a morte do médico vem sublinhar "a grande dedicação e risco dos profissionais de saúde na luta contra a pandemia, que pode mesmo atingir o sacrifício supremo da vida" e recorda que estes merecem "mais do que palavras e reconhecimento" e aponta a necessidade de existirem "meios adequados e as carreiras adequadas no seio do SNS". Marcelo aproveitou ainda para relembrar os portugueses que a pandemia "ainda não está dominada e que as medidas de precaução continuam a impor-se". 

Recorde-se que António Costa disse, esta quarta-feira, que a realização da final da Liga dos Campeões em Portugal é um prémio para os profissionais de saúde portugueses que estão a combater a covid-19 na linha da frente. Este comentário gerou bastantes críticas ao primeiro-ministro por parte dos profissionais de saúde. 

"O futebol não é um prémio para os profissionais de saúde e muito menos um prémio para os médicos. Há que distinguir o futebol da saúde", disse o bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, em entrevista à RTP1 salientado que "há uma diferença muito grande entre a saúde e o futebol e era importante que isto se percebesse".