A GNR está a utilizar aeronaves não tripuladas (drones) para monitorizar zonas consideradas como prioritárias nas florestas e em complemento ao sistema de videovigilância, ao patrulhamento móvel e à Rede Nacional de Postos de Vigia (RNPV).
"No âmbito da coordenação das ações de prevenção relativas à vertente da vigilância e deteção, que compete à GNR, está a ser utilizado um sistema de videovigilância em cerca de 25% do território nacional, cobrindo áreas-sombra dos postos de vigia, bem como um conjunto de drones, como forma de potenciar as atividades de vigilância e deteção de incêndios rurais, em particular nas 1.114 freguesias prioritárias", esclarece a GNR.
Desde a última segunda-feira, refere ainda, foram acrescentados 153 postos de vigia "aos 77 postos da Rede Primária, ativos desde 7 de maio": "Estes meios de vigilância e deteção de incêndios rurais nascentes permitem uma intervenção dos meios de combate de forma mais célere e precisa. Para além do alerta às entidades responsáveis pelo combate, a RNPV contribui ainda para a georreferenciação da ocorrência, através do processo de triangulação e da produção de informação complementar útil de apoio à decisão operacional".
A Guarda Nacional Republicana salienta ainda que, enquanto pilar da coordenação das ações de prevenção operacional, vigilância, deteção e fiscalização, "disponibiliza informação permanente de apoio à decisão aos Comando Distritais da Proteção Civil, sendo que a coordenação das ações de prevenção operacional é feita através das Equipas de Manutenção e Exploração de Informação Florestal (EMEIF) da GNR, que funcionam junto de cada um dos 18 Comandos Distritais de Operações de Socorro (CDOS)".
Domingos Xavier Viegas, especialista em incêndios, explicou ao SOL que este aumento de tecnologia no terreno para aumentar a vigilância "é oportuno". O investigador destacou igualmente o alargamento de um projeto da Força Aérea que começou no ano passado na Lousã e que consiste na utilização de um avião não tripulado para fazer monitorização: "Esse projeto vai ser, a partir deste ano, alargado a todo o país com mais meios que vão ser adquiridos". A iniciativa, que conta com a participação da sua equipa, do Centro de Estudos sobre Incêndios Florestais da Universidade de Coimbra, é liderada pelo Instituto de Sistema e Robótica do Instituto Superior Técnico.