O pequeno envelope de papel timbrado do Tribunal de Saquarema, no Estado do Rio de Janeiro, foi selado no dia 22 de junho e colocado no correio. Lá dentro está uma pen escura de 2 gigas, da marca Multilaser, e um ofício. Bastou uma página. A próxima paragem do processo relativo à morte de Rosalina Ribeiro é Brasília, o destino final Lisboa.
O trabalho do tribunal que decidiu que Duarte Lima deveria responder pelo assassinato da portuguesa, sua cliente e amiga, fica assim encerrado. «Houve já declínio de competência», explicou ao SOL uma fonte conhecedora do processo, adiantando que, a partir do momento em que a Procuradoria-Geral da República de Brasília receber e reencaminhar para Portugal o processo, o Brasil deixará de ter qualquer interferência.
Mas primeiro é preciso que o processo chegue à capital brasileira e isso não tem sido fácil. «Primeiro houve uma análise sobre como se processaria o envio, uma vez que é a primeira vez que isso acontece e havia dúvidas, agora a demora se prende com os atrasos dos correios em tempo de pandemia», explica a mesma fonte ao SOL.
Os últimos andamentos do processo ficaram registados nos autos na última quarta-feira: «Certifico que o ofício de fl. 4007 foi remetido, via Correios, à Secretaria de Cooperação Internacional do Gabinete da Procuradoria-Geral da República, para a adoção das providências pertinentes, em 22/06/2020. Instrui aquele ofício um pendrive com as peças do referido processo».
Ao que o SOL apurou, após as dúvidas iniciais da comarca de Saquarema sobre como se processaria o envio do processo para a Justiça portuguesa, foram dadas indicações pela PGR brasileira.
Leia o artigo na íntegra na edição impressa do SOL. Agora também pode receber o jornal em casa ou subscrever a nossa assinatura digital.