PSD fica isolado nas novas regras da AR

Rui Rio considerou que o Parlamento ‘mantém-se fechado sobre si próprio e tem medo do povo’. E houve declarações de voto no PSD.

O PSD ficou isolado na defesa das alterações ao regimento do Parlamento e só o Chega e a deputada não inscrita Cristina Rodrigues ficaram ao lado dos sociais-democratas na versão que previa a «participação obrigatória de pessoas da sociedade civil nas comissões parlamentares de inquérito».

Outra das propostas chumbadas foi a transformação da comissão de transparência num conselho de transparência, composto por uma maioria de personalidades fora do Parlamento. Neste ponto só o Chega votou com Rui Rio. No final, o presidente do PSD falou aos jornalistas para dizer que  o « Parlamento mantém-se fechado sobre si próprio e tem medo do povo».

Na bancada do PSD, Pedro Rodrigues (que abandonou em maio a coordenação da comissão parlamentar de Trabalho e Segurança Social) entregou declarações de voto sobre estes projetos e não só.  Tal como vincou nas declarações de voto nas propostas sobre os  Inquéritos Parlamentares e na lei que define os mecanismos de acompanhamento do Parlamento sobre  a UE e ainda sobre as alterações regimentais na AR, Pedro Rodrigues adiantou ao SOL que elas «significam, no essencial, uma profunda desvalorização e descredibilização do Parlamento, além de significarem uma diminuição considerável da capacidade de intervenção da Assembleia da República no exercício da atividade de fiscalização da atividade do Governo e do processo de construção europeia».