Ora então vamos lá dizer bem dos juízes, posição a que bem ou mal não estou habituado. A propósito da sentença sobre o recurso da Iniciativa Liberal, contra a nomeação de Mário Centeno para governador do Banco de Portugal.
Achei-a fantástica, sobretudo ao reconhecer que o Poder Judicial não se deve intrometer em questões meramente políticas, da esfera do Governo ou do Parlamento. Não podia eu estar mais de acordo. São poderes distintos, que se devem exercer bem distintamente, separados por traço grosso, para bem de todos nós, inclusivamente os titulares de cada Poder.
Não me parece difícil Centeno fazer sucesso no Banco de Portugal. Quer pelo comportamento conhecido dos seus antecessores (concordemos em que o cargo não é fácil de exercer), quer pelas qualidades de que ele deu já provas comprovadas.
Talvez seja o meu catolicismo a falar alto, mas a verdade é que não aprecio grandemente os hiperliberais (ou neoconservadores), nem outros movimentos de extrema direita, ou direita radical. Aliás costuma incomodar-me todo o radicalismo.