Líder do PDR anuncia candidatura “ao centro” a Belém

O presidente do Partido Democrático Republicano (PDR) anunciou, esta segunda-feira, a intenção de se candidatar nas eleições presidenciais de janeiro de 2021.

“Eu pretendo ser um candidato efetivamente de todos os portugueses e abrangendo todas as ideologias políticas, já que até sou candidato do centro, um centro que abrange toda e qualquer posição, desde que seja a mais correta a ser aplicada em determinado momento”, disse Bruno Fialho, em declarações à agência Lusa.

O líder do partido, fundado pelo advogado e ex-eurodeputado Marinho e Pinto, afirmou que “o PDR apoiará a candidatura”, e que pretende “trazer mais-valia ao debate democrático que irá suceder-se”.

Sobre improbabilidade de vir a ser eleito, Bruno Fialho admitiu: “Qualquer pessoa que concorra tem dificuldades em ser eleito devido à popularidade do atual Presidente”, no entanto fez questão de sublinhar que não via “a Presidência como um mero concurso de popularidade”.

“Não teria tomado a decisão abrupta relativamente ao estado de emergência que o atual Presidente tomou porque tem tido uma atuação de secundar todas as decisões do atual Governo. Teria sido mais fácil para o país ter encerrado as fronteiras e não encerrar o país inteiro, provocando este estado caótico em que estamos”, adiantou ainda à agência Lusa.

Mas as diferenças em relação às posições do atual Presidente da República não ficaram por aqui. Para o líder do PDR, o chefe de Estado “Tomar as rédeas da política externa de Portugal, nomeadamente ao nível da União Europeia” e, por outro lado, evitar “atribuições tão voláteis de condecorações, a pessoas que se vêm a confirmar, judicialmente, que não eram suficientemente merecedoras”.

Bruno Fialho torna-se assim o terceiro candidato anunciado à Presidência da República, depois de André Ventura do Chega, e do advogado e fundador da Iniciativa Liberal Tiago Mayan Gonçalves.