Nos primeiros três meses deste ano, os residentes em Portugal realizaram 3,7 milhões de viagens. O número, divulgado esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), representa uma diminuição de 20%, depois de ter acelerado 9,3% no último trimestre do ano passado.
Este valor já conta com o impacto da pandemia de covid-19, explica o gabinete de estatística: “O impacto da pandemia covid-19 e a declaração do Estado de Emergência no mês de março contribuíram para o decréscimo de 70% nesse mês, que justificou a diminuição observada no trimestre, dado que em janeiro e fevereiro as deslocações tinham aumentado 8,4% e 5,2%, respetivamente”.
No entanto, apesar do decréscimo, foi registado um aumento “muito significativo” do número de noites passadas fora do ambiente habitual pelos turistas em março: 9,2 noites, face a 3,96 em fevereiro e 3,86 em janeiro.
Ainda no 1º trimestre deste ano, 88,1% das viagens decorreram em território nacional, diminuindo 19,6%. As viagens turísticas com destino ao estrangeiro (11,9% do total) totalizaram 444,2 mil (-22,9% no total do trimestre), tendo diminuído 81,9% no mês de março (+18,3% em fevereiro e +5,3% em janeiro).
A principal motivação para viajar neste período foi o “lazer, recreio ou férias”, com 1,5 milhões de viagens o que representa um decréscimo de 14,6%. Segue-se o motivo “visita a familiares ou amigos” que correspondeu a 1,5 milhões de viagens, diminuindo 29,1%. Os “hotéis e similares” concentraram 21,2% das dormidas resultantes das viagens turísticas no 1º trimestre de 2020, perdendo peso no total. Já o “alojamento particular gratuito” manteve-se como a principal opção de alojamento (73,9% das dormidas), sendo o único tipo de alojamento a reforçar a sua representatividade.