Os acionistas da Azul aprovaram em assembleia-geral (AG) o acordo para a saída da companhia aérea brasileira da TAP. Na reunião, foi ainda aprovada a eliminação do acordo que dava à Azul de David Neeleman a possibilidade de converter obrigações em ações da empresa portuguesa.
Com este acordo, a Azul recebe um “valor total de, ao menos”, 10,5 milhões de euros. Para tal, teve de abdicar do direito a converter 90 milhões de euros de empréstimo à TAP, feito em 2016, em 6% do capital da empresa, condição imposta pelo Governo português para se chegar a um consenso.
Estas decisões surgem no âmbito da intervenção do Estado português com objetivo de salvar a TAP da falência. A companhia aérea recebrá um empréstimo de até 1,2 mil milhões de euros, com o avala da Comissão Europeia.
O acordo entre Governo e privados permite ao Estado passar a deter 72,5% do capital da TAP. O Estado comprou a posição de Neeleman por um total de 55 milhões de euros, ficando Humberto Pedrosa com 22,5% do capital da empresa. Os restantes 5% mantêm-se, como até aqui, na posse dos trabalhadores.