Chega e CDP-PP pedem demissão da ministra do Trabalho e Segurança Social

“Portugal não tem uma Ministra da Solidariedade Social. Tem uma Ministra da Insensibilidade Social”, considerou Francisco Rodrigues dos Santos.

Os líderes de CDS-PP e Chega pediram, este sábado, a demissão da ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho. Em causa está a entrevista da governante ao semanário Expresso, em que admitiu que não leu o relatório da auditoria feita pela Ordem dos Médicos ao lar de idosos de Reguengos de Monsaraz, onde um surto de covid-19 matou 18 pessoas, e em que afirmou que a dimensão dos surtos de covid-19 "não é demasiado grande em termos de proporção".

Numa publicação partilhada no Facebook, Francisco Rodrigues dos Santos, líder centrista, referiu que “a proteção dos nossos idosos é uma linha vermelha que não pode ser ultrapassada por nenhum Governo”.

“O vírus é uma ameaça preocupante. Mas incompetência da Ministra também. A sua continuidade em funções é uma questão de saúde pública. Pedimos que se mantenha em férias e dê lugar a outro”, escreveu.

Francisco Rodrigues dos Santos considerou ainda que, “para além de exporem a sua total inabilidade para o cargo e espelharem uma negligência arrepiante”, as afirmações de Ana Mendes Godinho, “parecem retiradas de um filme de terror”. “Portugal não tem uma Ministra da Solidariedade Social. Tem uma Ministra da Insensibilidade Social”, defendeu.

André Ventura, deputado unido do Chega, entregou no parlamento um requerimento para que Ana Mendes Godinho dê explicações a propósito da tragédia ocorrida no lar de Reguengos de Monsaraz.

"Para além da absoluta incúria e negligência na fiscalização das entidades que deveriam estar na linha da frente na prevenção do contágio e disseminação da covid-19, a governante (…) revelou frieza, desinteresse e uma enorme negligência", lê-se num comunicado do partido, que considera que a ministra “não reúne, assim, quaisquer condições para continuar no exercício do cargo".

De realçar que também o PSD anunciou vai chamar a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, “com caráter de urgência”, à Assembleia da República.

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