A procura por motas cresceu 34% em junho e julho de 2020, comparativamente com o mesmo período do ano passado. Os dados foram divulgados pela plataforma Standvirtual, baseados nos números disponíveis na plataforma e no cruzamento destes com a informação disponibilizada pela Associação Automóvel de Portugal (ACAP), que apresenta indicadores sobre a procura por motas em Portugal. As conclusões agora divulgadas têm em consideração a análise dos primeiros sete meses do ano (janeiro a julho) e a comparação destes com os mesmos sete meses de 2019.
“Desde o surgimento desta pandemia tem-se falado muito sobre o impacto desta no setor automóvel e pouco sobre outros segmentos também muito importantes. Nesta lógica, procurámos perceber a evolução do mercado das motas e identificámos algumas tendências animadoras. É certo que a sazonalidade associada à compra destes veículos poderá explicar em parte estes números, mas o facto de este ser um meio de transporte mais solitário ou, pelo menos, mais limitado no que respeita ao número de ocupantes, e consequentemente menos potenciador da propagação do vírus, também poderá justificar o crescimento da procura registado”, considera Nuno Castel-Branco, diretor-geral do Standvirtual.
Apesar de no acumulado dos primeiros seis meses do ano ter existido uma quebra em termos de registos de propriedade em relação ao mesmo período de 2019 (-11%), se forem comparados os meses de junho e junho, com o mesmo período do ano anterior, verifica-se um crescimento de 39%.
No que respeita à procura por cilindrada (cc), destaca-se um aumento de 43% por motas com 51 a 125cc e com +1000cc e de 32% em motas com 501 a 1000cc.