O deputado único do Chega, André Ventura, entregou no Parlamento, esta sexta-feira, um projeto de resolução no parlamento para revogar a decisão do Conselho de Ministros de declarar estado de contingência a partir de 15 de setembro.
“Como diz o povo, o Governo está a tentar que Portugal não morra da doença, mas sim da cura, e isso é inadmissível”, justifica o partido no documento entregue na Assembleia da República, a que jornal i teve acesso.
Para o Chega, é necessária a reversão da situação de contingência, anunciada pelo Governo. “Não é preciso ser vidente para antecipar as gravíssimas consequências que este anúncio do Conselho de Ministros tem nas várias áreas da vida social e económica, e sobretudo na confiança dos operadores económico-financeiros. Mais ainda, naturalmente, quando a medida é anunciada no mês mais forte, em termos turísticos, para a economia portuguesa”, argumenta.
“Volvidos vários meses, e com a economia portuguesa num processo de desaceleração nunca antes visto, com evidentes repercussões nos níveis de desenvolvimento económico e humano do país, o Governo vem, num momento em que o turismo, a restauração e outros serviços começam a procurar soluções para respirar de forma mais folgada, anunciar, com várias semanas de antecedência, um duvidoso e pouco claro estado de contingência”, lamenta aquela força política.
O partido representado no Parlamento por André Ventura defende antes um “Plano de Prevenção e Salvação (PPS), que não implique mais restrições aos operadores económicos”, bem como um “Plano Especial de Vigilância (PEV) que permita monitorizar e identificar os focos e setores de maior risco”.