O curso de Medicina da Católica será ministrado em inglês e, segundo os planos da universidade, estará aberto a alunos de todo o mundo. Para Fausto Pinto, a hipótese de admitir alunos internacionais também deve ser dada às faculdade públicas, sendo atualmente o único curso onde isso é vedado – o Ministério do Ensino Superior indicou no início do ano que iria estudar essa hipótese.
Para o diretor da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, que entende que não há condições para aumentar vagas no país, a solução seria transformar algumas das vagas previstas para alunos já com uma primeira licenciatura em vagas para alunos internacionais, o que permitiria uma nova fonte de receita às faculdades de Medicina, atualmente a única área em que tal não é possível. «Se tivesse 10% de estudantes internacionais, poderia ter 40 alunos internacionais, a pagarem em vez dos 600 euros de propina os 15 mil euros que vão pagar na Católica, o que ajudava a a reforçar o financiamento. Neste momento há uma discriminação para Medicina que pelos vistos no caso da Católica não vai haver».