O Governo alemão acusou, esta quarta-feira, a Bielorrússia de usar “métodos do oeste selvagem”, referindo-se ao sequestro de Maria Kolesnikova, uma das líderes do movimento de protesto contra o Presidente do país.
"Estamos chocados com a informação que nos chega de Minsk", disse a porta-voz de Angela Merkel, acrescentando que o país exige ao Governo bielorrusso que dê “informações imediatas” sobre a situação. A responsável considerou ainda “absolutamente inaceitável” recorrer a “sistemas clandestinos” para lidar com representantes da oposição.
A porta-voz da chanceler alemã referiu ainda que a situação demonstra que Minsk “não entendeu nada” dos pedidos internacionais para pôr fim às “ações hostis” contra a oposição.
A Alemanha pede ainda que as autoridades bielorrussas "abram um diálogo com o depositário da soberania nacional, o povo".
Recorde-se que Maria Kolesnikova foi detida, esta terça-feira, na fronteira com a Ucrânia pelas autoridades bielorrussas, situação a que seguiram relatos contraditórios sobre a situação.
O Comité das Fronteiras da Bielorrússia confirmou, no entanto, a detenção da líder da oposição, que foi sequestrada na segunda-feira no centro de Minsk, onde vários homens com máscaras a colocaram numa carrinha. Kolsnikova é o único rosto da oposição que não se encontrava exilado. Svetlana Tikhanovskaya, a líder da oposição, que está exilada, exigiu na terça-feira a libertação imediata da sua colaboradora, dos restantes membros do Conselho de Coordenação da oposição e dos presos políticos.