O presidente do PSD, Rui Rio, apresentou esta segunda-feira, no Porto, o plano do partido para a recuperação económica do país a dez anos, mas, recusou que o documento seja um programa de governo. O dirigente social-democrata sustentou que o seu plano é mais virado para a economia privada por contraponto com o do governo.
O líder social-democrata defendeu que a aplicação de fundos europeus devem servir para reforçar a classe média. “Temos um salário médio em Portugal muito baixo e uma classe média pequena. A estratégia não deve ser atenuar um pouco as dificuldades que os mais desfavorecidos passam, a estratégia tem de ser reforçar a classe média. Trazer esses mais desfavorecidos para dentro da classe média”, apontou Rui Rio.
Mas há riscos na aplicação desses fundos europeus, definidos na União Europeia, que cumpriu o seu papel: “Uma aplicação competente destes fundos pode efetivamente ter alguma aplicação no curto prazo, e eu compreendo, mas o grosso da aplicação tem de ser aplicado numa visão de longo prazo, para melhorar a sociedade, particularmente uma sociedade que aqueles que são mais novos vão receber de nós. Portanto, tem de haver um payback em desenvolvimento. É isso que temos de ter presente se quisermos ser sérios e honestos na aplicação deste dinheiro”, avisou Rio, preconizando uma aplicação eficiente dos fundos europeus.
No programa de recuperação económica do PSD, os sociais-democratas defendem uma entrada por cada saída na Função Pública, com aumentos calculados com base na inflação e também na produtividade, ou o chamado mérito, com a previsão de atribuição de prémios.
No plano social-democrata prevê-se ainda “reduzir a carga fiscal dos 35% do PIB em 2019 para 32% do PIB em 2030”.