A Associação Sindical de Professores Licenciados decidiu recorrer à Provedora da Justiça para que seja implementado, já este ano, na escola pública um regime de ensino à distância para os professores pertencentes a grupos de risco. Este regime, defende o sindicato, além de permitir a continuidade do trabalho dos docentes, garante o acompanhamento dos alunos. Sobre esta questão, o Ministério da Educação já tinha avançado no início do ano que o teletrabalho estava fora das opções.
Além da possibilidade de dar aulas a partir de casa, os professores pedem regras iguais para todos os setores, já que, na resolução do Conselho de Ministros de 14 de outubro, é imposta “a obrigatoriedade do teletrabalho, designadamente, quando o trabalhador” pertence a um grupo de risco.
Cerca de 500 professores pertencentes a grupos de risco estão a regressar às escolas, uma vez que a declaração médica para faltas justificadas tem apenas duração de 30 dias. E, por isso, também o Sindicato Independente dos Professores e Educadores pediu ontem que fosse dada autonomia "aos agrupamentos escolares para a constituição de uma bolsa com estes professores em teletrabalho, para fazerem trabalhos suplementares, nomeadamente tutorias, apoio aos alunos, recuperação das aprendizagens, auxílio aos alunos doentes de risco, entre outros".