O ritmo de recuperação da economia, no mês de setembro, foi “mais lento” do que nos meses anteriores. O alerta foi dado esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). No entanto, nos últimos três meses foi verificada uma “contração progressivamente menos intensa da atividade económica”, diz o gabinete de estatística.
“Em Portugal, não considerando médias móveis de três meses, a informação disponível revela uma contração progressivamente menos intensa da atividade económica entre junho e setembro. Contudo, o ritmo de recuperação foi mais lento em setembro que nos meses anteriores”, lê-se na análise do INE.
O indicador de confiança dos consumidores também registou uma diminuição, “tendo o indicador de clima económico continuado a recuperar, à semelhança dos quatro meses anteriores, das fortes reduções verificadas em abril”.
Segundo o INE, os indicadores de confiança aumentaram nos setores de construção e obras públicas e nos serviços mas, em sentido contrário, diminuíram no comércio e na indústria transformadora.
Também o montante global de levantamentos nacionais, de pagamentos de serviços e de compras em terminais de pagamento automático na rede multibanco registou uma quebra de 4,5% em setembro, em termos homólogos, mas a queda é menor que no mês de agosto, em que caiu 8,1% em agosto.
Ainda segundo o gabinete de estatística, as vendas de veículos automóveis registaram taxas de variação homóloga de -9,4% nos automóveis ligeiros de passageiros, -7,2% nos comerciais ligeiros e -8,6% nos veículos pesados (-0,1%, -40,5% e -7,2% em agosto, respetivamente).
No que diz respeito ao emprego, as estimativas mensais do INE revelam que a taxa de desemprego (15 a 74 anos), ajustada de sazonalidade, situou-se em 8,1% em agosto, mais 0,2 pontos percentuais (p.p.) que o valor definitivo registado em julho (5,9% em maio de 2020 e 6,4% em agosto de 2019).