A NOS e a Vodafone assinaram "um acordo histórico" para partilha de ativos móveis de abrangência nacional, que vai permitir um desenvolvimento mais rápido e eficiente das redes móveis em todo o país, revelaram as duas empresas em comunicado.
Com base num modelo de investimento sustentável, as duas operadoras "vão ter condições para aumentar a cobertura de rede móvel e a qualidade dos seus serviços, de forma a promover uma maior coesão territorial, responder às necessidades reais e diferenciadas das populações, e dar resposta aos desafios que a atual conjuntura social e económica coloca", referem.
O acordo hoje celebrado assenta no princípio de partilha de ativos de rede por parte dos operadores envolvidos, "não deixando a NOS e a Vodafone de garantir e sublinhar a total independência na definição e prestação dos serviços aos seus clientes finais, mantendo sempre o controlo estratégico de cada uma das redes".
Para Miguel Almeida, CEO da NOS, "esta parceria estratégica, pioneira no país, permitirá à NOS expandir e reforçar a sua rede móvel em todas as tecnologias. A parceria traz claros benefícios para todos os nossos Clientes, particulares e empresariais, nomeadamente mais e melhor oferta, e o mesmo serviço de excelência. Ao mesmo tempo, abre caminho para o desenvolvimento da sociedade digital, potenciando o desenvolvimento de produtos e serviços inovadores, que tenham a capacidade de transformar a forma como vivemos, como trabalhamos, como aprendemos e como preparamos as nossas empresas para o futuro. A partilha de infraestruturas móveis permite, ainda, reduzir a nossa pegada ecológica, ao mesmo tempo que incrementa a coesão territorial e a inclusão digital, fatores essenciais a um desenvolvimento sustentável de todo o país.
Nas zonas de menor densidade populacional, tipicamente rurais e no interior do país, a NOS e a Vodafone farão uma utilização comum de infraestruturas de suporte às suas redes móveis (torres, mastros, etc.) e partilharão os seus equipamentos ativos de rádio (antenas, amplificadores e demais equipamentos), sem que haja, porém, partilha de espetro.
"Deste modo, a NOS e a Vodafone prestarão os seus serviços com base nas tecnologias em utilização 2G, 3G e 4G de uma forma mais eficiente. A acomodação do 5G no presente acordo está dependente da decisão autónoma de cada operador de implementar ou não esta tecnologia".
Já nas zonas de maior densidade populacional, as duas operadoras "irão explorar sinergias acrescidas na partilha de infraestrutura de suporte às redes móveis, alojando os seus equipamentos ativos nessas infraestruturas. Este movimento permitirá à NOS e à Vodafone racionalizar custos operacionais, favorecendo a prestação eficiente dos seus serviços".