O Sindicato dos Funcionários do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SINSEF), que representa os inspetores, cumpre esta quinta-feira o primeiro de três dias de greve. Esta greve, agendada também para 26 de novembro e 16 de janeiro do próximo ano, surge na sequência da falta de efetivos e de investimento na formação dos mesmos.
Artur Jorge Girão, presidente do SINSEF, disse à Lusa – esta quinta-feira – que a greve vai afetar sobretudo os postos de atendimento do SEF, acrescentando que os trabalhadores não policiais há muito aguardam "por respostas a questões fulcrais para o bom desenvolvimento das competências deste serviço, sendo a questão da revisão da lei orgânica e do estatuto de pessoal os mais prementes", devido aos desafios colocados pelas matérias da imigração. Girão realçou igualmente que, no SEF, não existe uma carreira para o pessoal não policial apesar de ser este que está "na primeira linha da imigração em Portugal".
De acordo com o presidente, o estatuto de pessoal do SEF não é revisto há mais de dez anos, tendo sido alvo somente de "pequenas alterações" naquilo que diz respeito à carreira de investigação e fiscalização que não contempla os funcionários com funções administrativas.
"A falta de recursos e de investimento no SEF é gritante e tem revelado grandes dificuldades em áreas vitais e, consequentemente, tem projetado uma imagem negativa do serviço prestado", declarou à agência Lusa Acácio Pereira, presidente do Sindicato da Carreira de Investigação e Fiscalização do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SCIF/SEF), no passado dia 14 de outubro. Este dirigente revelou também que a greve decorrerá em todos os locais em que os inspetores do SEF atuam.