A maioria dos condenados por abuso sexual de menores e abuso sexual de dependentes tiveram de cumprir pena suspensa e apenas um terço foi condenado a pena de prisão efetiva, segundo avançou o Jornal de Notícias.
Segundo a mesma fonte, de 2015 a 2018, foram condenados pelos tribunais 1.162 pedófilos e destes mais de metade (62,8%), ou seja, 730 apenas cumpriram penas suspensas – 560 ficaram sujeitos a “regime de prova”, quer isto dizer que, por exemplo podem ser fiscalizados ou serem obrigados a ir ao psicólogo. Durante estes três anos, apenas 381 abusadores condenados (32,7%) tiveram de cumprir pena efetiva.
Manuel Soares, presidente da Associação Sindical dos Juízes Portugueses, relembrou que os crimes de abuso sexual “podem ir do mero apalpão numa perna até à cópula”, em declarações à mesma fonte, acrescentando que nos casos mais graves é aplicada pena de prisão efetiva.