Rui Rio afirmou, esta sexta-feira, que a situação epidemiológica em Portugal é "substancialmente mais grave do que aquilo que era em março" e mostrou-se a favor de um novo Estado de Emergência, mas com características diferentes dos anteriores devido à economia nacional.
As declarações do líder do PSD foram feitas depois feitas depois de uma reunião com o primeiro-ministro, que esta sexta-feira recebe em São Bento os partidos com representação parlamentar para procurar um consenso para a adoção de medidas de combate à pandemia.
Rio considerou que, se não forem tomadas medidas, Portugal vai "rapidamente chegar a ultrapassar os quatro e os cinco mil casos por dia", mostrando-se assim a favor das medidas que o Executivo deverá anunciar em breve. No entanto, destacou que o partido não vai passar "cartabranca para tudo e mais alguma coisa".
O social-democrata defendeu ainda o regresso do Estado de Emergência, mas de forma diferente. "As pessoas pensam que o Estado de Emergência, se for decretado, é para acontecer agora a mesma coisa que aconteceu em março e abril, que é pura e simplesmente o país fechar. Há muitas pessoas que estão contra isto. Escusam de ter medo porque não será assim. Mas devia ser. Infelizmente não será, não pode por força da economia nacional. Mas devia ser”, disse.
Já no fim do discurso, Rio aproveitou para criticar o facto de milhares de pessoas se terem juntado esta quinta-feira na Nazaré para ver as ondas gigantes. "As pessoas estão a pôr em risco a sua própria saúde e a pôr em risco os outros e, em alguns casos, a saúde de terceiros e até de quartos", rematou.