Estudo conclui que jovens portugueses são dos que começam a beber mais cedo

“A percentagem de jovens portugueses de 16 anos que iniciaram o consumo de álcool aos 13 anos ou menos é consideravelmente superior à média europeia”, alerta observatório europeu.

Um relatório publicado, esta quinta-feira, pelo Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência revela que os jovens portugueses são dos que começam a beber mais cedo, com 13 ou menos anos, além de serem dos que mais preferem bebidas destiladas.

Ainda que o consumo excessivo de álcool no país seja inferior à média dos 35 países europeus incluídos no estudo, os jovens portugueses ingerem uma maior quantidade.

"Em relação ao álcool, a percentagem de jovens portugueses de 16 anos que iniciaram o consumo de álcool aos 13 anos ou menos é consideravelmente superior à média europeia, embora a percentagem que se embriagou tão precocemente seja inferior à média europeia", lê-se no estudo.

Quanto às bebidas destiladas em específico, os portugueses são os segundos, apenas ultrapassados pelos espanhóis, a responder que as preferiram, em vez de cerveja ou vinho, no seu último consumo de álcool.

O estudo conclui ainda que Portugal, em relação aos dados de 2015, foi dos países onde se registou uma evolução "menos positiva". A percentagem de jovens que ingeriu pelo menos uma bebida alcoólica antes dos 16 anos aumentou de 71% para 77%.

Em relação à canábis, Portugal é dos países com maior número de ocasiões de consumo e o quinto com maior percentagem de ‘utilizadores’ recentes com padrão de consumo de alto risco, segundo o mesmo relatório. A quantidade de menores de 16 anos que consomem é inferior à média europeia, mas "aqueles que o fazem tendem a consumir de uma forma mais problemática do que se verifica na maior parte dos outros países", destaca o estudo.

O relatório alerta ainda para o facto de Portugal ser o sétimo país com a prevalência mais elevada de consumo de ecstasy.

O estudo também analisou o tempo que os jovens passam na internet e mais uma vez os portugueses são dos que mais utilizam as redes sociais, estando acima da média europeia. Por outro lado, jogam menos online, preferindo lotarias e apostas desportivas.

Sobre o tabaco, o país tem uma taxa de consumo bastante inferior à média europeia, especialmente nos cigarros eletrónicos.