A bancada parlamentar do PSD pediu ao Governo que recebesse os elementos do setor da restauração e animação noturna, que desde sexta-feira estão em greve de fome à frente da Assembleia da República, para pressionar o Executivo a recebê-los, para discutirem apoios e formas de fustigar os danos causados ao setor pela pandemia.
“Viemos aqui escutar-vos e deixar o apelo ao Governo fale com todos, os institucionais com certeza, as associações representativas do setor com certeza, mas também os cidadãos que aqui se organizam desta forma dramática. Que o Governo não vos deixe para trás, que vos receba e ouça as vossas ideias". Foram estas as palavras do deputado Adão Silva para os empresários, que fez questão de ouvir pessoalmente e com quem esteve à conversa durante cerca de 15 minutos. A acompanhá-lo estavam os vice-presidentes da bancada Afonso Oliveira e Clara Marques Mendes e do deputado Cristóvão Norte.
Os planos do PSD para apoiar estes empresários não foram ainda revelados, tendo Adão Silva afirmado apenas que não queria "misturar a questão partidária". O social-democrata avançou, somente, que "temos ideias, já tomámos iniciativas, vamos continuar a tomar, mas que hoje não se confundam os dois planos".
O Executivo de António Costa respondeu ao repto do PSD e reiterou que já se tinha reunido com representantes do setor, pedindo o fim do "impasse" com os empresários em greve de fome. Em resposta, a bancada parlamentar do PSD disse que "temos de pedir ao Governo que não exclua ninguém, não faça uma espécie de escolha em que uns podem ser recebidos e outros não". "Não pode deixar ninguém para trás", frisou.
O local do protesto em frente à Assembleia da República tem sido já local de passagem de várias figuras políticas, como foi o caso de Francisco Rodrigues dos Santos, líder do CDS-PP, André Ventura, presidente e deputado único do Chega e João Cotrim Figueiredo, deputado único e líder da Iniciativa Liberal.