Com as obras de renovação do Centro de Arte Moderna da Gulbenkian, em Lisboa, que darão forma ao projeto do arquiteto japonês Kengo Kuma prestes a terem início, a fundação anunciou a chegada de dois novos diretores à instituição. À frente do Centro de Arte Moderna passará a estar o curador e crítico de arte francês Benjamin Weil, atualmente na direção artística do Centro Botín, em Santander. Juntamente com o seu nome, foi anunciado o de António Filipe Pimentel, que será o novo diretor do Museu Calouste Gulbenkian.
Antigo diretor do Museu Nacional de Arte Antiga, também em Lisboa, e professor da Universidade de Coimbra, António Filipe Pimentel diz-se, no comunicado ontem divulgado pela Gulbenkian, honrado e seduzido pelo “desafio, naturalmente irresistível” de poder colocar a sua experiência “ao serviço do estudo, preservação e divulgação de uma coleção de referência internacional, para cuja salvaguarda foi criada uma das mais prestigiosas instituições do seu género em todo o mundo”.
Doutorado em História da Arte, António Filipe Pimentel (n. 1959), foi diretor do Museu Nacional de Arte Antiga entre 2010 e 2019, depois de ter exercido as mesmas funções no Museu Grão Vasco, em Viseu, e é atualmente correspondente nacional académico da Academia Nacional de Belas Artes, membro da Sociedade Científica da Universidade Católica Portuguesa e investigador associado do Centro de Arte e Património Universitário da Universidade de Salamanca, no Instituto de História de Arte da Universidade Nova de Lisboa e do Centro de Estudos em Arqueologia, Arte e Ciências do Património das universidades de Coimbra e do Porto.
Nascido em 1962, Benjamin Weil iniciou a sua carreira em Nova Iorque depois de se ter formado pelo Whitney Independent Study Program. Trabalhou ainda no Institute of Contemporary Arts de Londres e no Museu de Arte Moderna de São Francisco. Mas tem ao longo da sua carreira colaborado com vários artistas, curadores, galeristas e colecionadores portugueses. Em 2017, foi ele o curador da exposição Untitled (Orchestral) de João Onofre, no MAAT, em Lisboa. E sob a sua direção o Centro Botín inaugurou recentemente a exposição Arte e Arquitetura: um Diálogo, que inclui obras de Julião Sarmento, Leonor Antunes, Carlos Bunga e Fernanda Fragateiro.
Agora que está prestes a assumir a direção do Centro de Arte Moderna, que reabrirá em 2022 com programação renovada depois das obras de ampliação de que será agora alvo, diz-se “encantado por poder integrar a missão generosa da Fundação Gulbenkian através do Centro de Arte Moderna”, considerando que as obras de extensão do edifício “oferecem uma oportunidade para a instituição se reinventar e construir um futuro dinâmico, criar e estreitar laços de colaboração com outras áreas da Fundação, e explorar novos modos de se dar a conhecer e de atrair novos públicos”.