O presidente da Aliança, Paulo Bento, defendeu que o Presidente da República deve exigir ao primeiro-ministro “a substituição dos ministros da Administração Interna, das Infraestruturas e da Saúde”. Se não o fizer, Marcelo Rebelo de Sousa “torna-se corresponsável pela péssima gestão que cada um tem feito das respetivas pastas”, afirma, em comunicado, o presidente da Aliança.
Para a Aliança, Eduardo Cabrita “é o ministro que, pela completa incapacidade demonstrada ao longo dos anos, seria merecedor do galardão de líder da incompetência”. O partido fundado por Santana Lopes considera que o ministro da Administração Interna não tem condições para continuar depois do caso do cidadão ucraniano morto nas instalações do SEF.
Mas a Aliança pede também a substituição de Pedro Nuno Santos por causa do processo de reorganização da TAP. O ministro das Infraestruturas e da Habitação “é o principal rosto de uma renacionalização da TAP que, em simultâneo, irá custar ao país mais de 3 mil milhões de euros e três mil despedimentos, o maior despedimento coletivo de que há memoria”, refere, no mesmo comunicado, Paulo Bento.
Por último, o partido liderado por Paulo Bento defende que a ministra da Saúde, Marta Temido, tem conduzido o plano de luta contra a pandemia “numa intermitência entre a incompetência e a navegação à vista”, e deve ser substituída.
“A poucos dias de assumir a presidência da União Europeia, Portugal tem um Governo fragilizado que só impedimentos constitucionais mantêm em funções, mesmo quando os ministros são desautorizados pelo primeiro-ministro e pelo Presidente da República. A Aliança corresponsabiliza Marcelo pela má política do Governo”, refere, em comunicado, a direção nacional.