De acordo com as palavras do ministro do Ambiente e da Transição Energética, o Governo está preocupado com o futuro dos trabalhadores da Galp que vão ser prejudicados pelo encerramento da atividade de refinação em Matosinhos.
Em causa está o anuncio feito pela Galp, nesta segunda-feira, que decidiu concentrar-se em 2021 nas operações em Sines e assim deixar para trás a atividade de refinação em Matosinhos.
"O Governo não pode deixar de exigir à Galp que tenha um papel de grande equilíbrio e de grande justiça perante os trabalhadores", sublinhou o ministro do Ambiente em declarações à RTP3.
Caso a Galp e os trabalhadores “entendam”, Matos Fernandes reiterou a mensagem transmitida pelo Ministério ao afirmar que a porta do Governo “está aberta” e pronta a ajudar naquele que será um “destino justo para o futuro destes trabalhadores que vão ser afetados pela decisão”. O ministro também garantiu que “há fundos” para este fim.
Por enquanto, o Governo ainda não foi contactado e Matos Fernandes ainda lembra que os membros do Ministério estão "muito preocupados e muito atentos" ao assunto.
Segundo o relatório da Comissão Europeia sobre a redução de emissões, Portugal já estava a seguir as medidas e “sem contar com este encerramento, Portugal já ia num bom caminho”, assinala o ministro do Ambiente e da Redução Energética.
Porém, “esta naturalidade da transformação não pode nunca deixar ninguém para trás. Para se conseguir a transformação energética necessária e a redução das emissões à procura de um mundo neutro em carbono são processos em que todos têm de ser envolvidos em democracia", reiterou.